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Organização foi ponto fraco na inauguração do Castelão

Entulhos no entorno, falta de informação e problemas de estrutura não passaram despercebidos no primeiro jogo da arena cearense

postado em 27/01/2013 18:12

Cassio Zirpoli /Diario de Pernambuco

Na edição de sábado o Superesportes já havia relatado a correria para deixar o Castelão pronto para a rodada dupla de abertura. O maquinário era enorme, com muitos operários. De fato, ontem não havia mais guindastes e caminhões no complexo do estádio. Havia, sim, muito entulho no entorno, com pedras e pedaços de madeira das obras de mobilidade urbana. Era um risco para alguma eventual briga, apesar dos 1.000 policiais militares envolvidos, com raio de atuação iniciado a 2 quilômetros do estádio.

O problema com as obras de última hora foram suplantadas pela falta de informação. Como preza a norma em jogos da Fifa, havia vários seguranças particulares e informantes. Ou quase isso. À reportagem do Superesportes, tentando chegar na cabine de imprensa, uma atendente disse que não sabia. Mas completou. "O nosso treinamento foi apenas na quarta-feira e na sexta. Eu achei muito pouco. Ainda falta muito para saber tudo", reconheceu. Muitos torcedores andaram bastante até achar o portão correto.

No acesso das torcidas à esplanada, antes da bilheteria, o esquema acabou modificado de última hora. Inicialmente, os portões seriam abertos às 14h. Foram para as torcidas do Ceará e do Fortaleza. A do Sport precisou esperar mais 40 minutos, pois o Batalhão de Choque optou por escoltar todo o público rubro-negro de uma vez. Para isso foi necessário esperar a caravana da Torcida Jovem, com dois ônibus e uma van. Dentro, muitos clarões nas arquibancadas. Enquanto isso, sol à pino na frente do portão.

O ingresso caro acabou espantando o público cearense. Ainda assim, os torcedores que foram ficaram contentes com o que viram dentro do campo - um verdadeiro tapete, o qual nenhum jogador se arriscou a criticar. O imponente Castelão, fechado há mais de dois anos, parecia um palco digno de Liga dos Campeões da Uefa num olhar panorâmico. Nos meandros, ainda há bastante o que reforçar na organização, como banheiros, bares com serviço total e espaço para a imprensa. Os repórteres pernambucanos foram acomodados em um camarote de última hora, pois não havia mais espaço nas cabines. Mesmo com o Padrão Fifa, velhos problemas. Era um teste. Se passou, foi no limite da tolerância.