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A grande chance de Oswaldo no Sport: "É um sonho realizando", afirma zagueiro

Defensor ganha vaga de titular para duelo com Libertad, pela Sul-Americana

postado em 24/09/2013 21:11 / atualizado em 24/09/2013 21:26

Cassio Zirpoli /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Assunção - Em fevereiro de 2009, quando o Sport estreou na Taça Libertadores daquela temporada, Sandro Goiano era titular absoluto no time de Nelsinho Batista. Raçudo e experiente, o volante era a porta de segurança na defesa. No estádio David Arellano, em Santiago, 1.800 rubro-negros assistiram in loco à histórica vitória sobre o Colo Colo. No Recife, milhares de torcedores ficaram grudados diante da televisão. Entre eles, um olindense de 16 anos festejou o 2 a 1.

Cassio Zirpoli/DP/D.A Press
O tempo passou, Sandro pendurou as chuteiras e partiu para uma nova carreira, como coordenador técnico, enquanto aquele adolescente, Oswaldo Alfredo de Lima Gonçalves, viu a vida virar de ponta-cabeça. Primeiro, deixou de trabalhar na manutenção de ar-condicionados para treinar na base do clube do coração. Os caminhos de ambos se cruzaram em 2013, entre a volta ao passado e a realização do sonho de jogar futebol profissionalmente.

Confirmado como titular no trio de zagueiros, Oswaldo faz no Paraguai a sua primeira viagem internacional. Passaporte carimbado e as primeiras sensações de um novo "mochileiro". O frio em Luque, com sensação térmica de 7 graus durante o treino, levou o atleta a usar luvas e não desgrudar do moletom durante a coletiva na beira do campo. Seguro nas respostas, ressaltou a importância da orientação dos mais velhos no grupo. "Espero fazer um bom jogo, porque sei que esta é uma grande chance para me firmar na equipe", diz.

Sandro Goiano, também reintegrado ao Leão neste ano, enxerga na Copa Sul-Americana o torneio ideal para mudar de vez o espírito do elenco. "Converso todos os dias com os jogadores e digo que esse tipo de competição mexe. No Chile (em 2009), foi lindo demais ver aquela torcida toda do Sport atrás do nosso banco de reservas. É preciso ter responsabilidade com isso e entender certos pontos do jogo, com as faltas. Nesses torneios, os árbitros não marcam qualquer faltinha. A marcação é dura demais", comentou Sandro, agora quarentão.

Além dele, o zagueiro Pereira, companheiro de quarto do zagueiro, também vem orientando Oswaldo em relação à competição completamente diferente ao que ele tinha disputado na breve carreira. Por sinal, no encerramento da entrevista, os 20 anos do beque deixam transparecer a felicidade pela presença em Luque. "Nunca imaginei que estaria num jogo assim com o Sport. É um sonho realizando". Hoje, é a vez de sonhar acordado.