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Nordestão

Em jogo quente, Sport vence o Santa Cruz por 2 a 0 e está mais perto da final

Gols da partida foram marcados por Neto Baiano e Felipe Azevedo. Leão terá a vantagem de perder por 1 a 0, no jogo da volta, no Arruda, semana que vem

postado em 12/03/2014 23:56 / atualizado em 12/03/2014 23:59

Daniel Leal /Diario de Pernambuco , Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press
Não chegou a ser tão fácil quanto da primeira vez, nem tampouco tão difícil quanto o discurso dos rubro-negros pregava antes do jogo. O fato é que, uma semana depois de golear o rival por 3 a 0 (pelo Estadual), o Sport voltou a ser superior ao Santa Cruz na noite desta quarta-feira, na Ilha do retiro, venceu o Clássico das Multidões por 2 a 0 e abriu uma considerável vantagem na primeira partida das semifinais do Nordestão. O jogo da volta será na próxima quarta-feira, no Arruda, e o Leão terá a possibilidade de perder por 1 a 0 que ainda assim estará na decisão. Finalíssima que já tem praticamente o Ceará, que neste noite bateu o América-RN por 4 a 0 na semifinais paralela.

Os gols da vitória rubro-negra foram marcadas por Neto Baiano, aproveitando uma bobeira da defesa tricolor, e por Felipe Azevedo - contando com uma rara falha do goleiro Tiago Cardoso, que saiu desolado do jogo. Ao fim do jogo, apesar da vantagem, o discurso leonino foi, mais uma vez, de “pés no chão”. Já pelo lado coral, o sentimento de confiança em dar o troco também não ficou de lado.

Se há uma semana, o Sport liquidou a fatura em 29 minutos, com tranquilidade, a partida mata-mata pela Copa do Nordeste teve uma conotação completamente diferente. Primeiro, pelo clima acirrado entre os atletas. Com direito a cotovelada de Léo Gamalho em Ferron, de discussão cara a cara entre Neto Baiano e Everton Sena, Danilo e Carlos Alberto, além de outros tantos bate-bocas jogo adentro. Tudo isso, porém, não deixou o futebol em segundo plano.

Fazendo um comparativo com o encontro de uma semana atrás, pode-se dizer: o Santa Cruz evoluiu, mas ainda assim esteve muito aquém do Sport. Algumas mudanças fizeram bem ao Tricolor, sobretudo os quesitos “disposição” e “estratégia”. O time não mais se preocupou apenas em se defender. Não se mostrou passivo. Faltou, porém, o principal: qualidade. Quesito que não chega a sobrar, mas que também não falta ao Leão.

Novamente bem postado defensivamente, o Sport possibilitou raras subidas corais. Léo Gamalho e Caça-Rato estiveram praticamente anulados, ora por Durval, ora por Ferron. Não fosse os seguidos erros de passe encabeçado por Ailton nas subidas rápidas do Leão, a vantagem de 1 a 0 poderia ser maior ao fim do primeiro tempo. O gol de Neto Baiano, aos 21 minutos, foi apenas uma consequência da estabilidade de uma equipe acostumada a jogar com um centroavante que decide.

No segundo tempo, o gol no primeiro minuto, partindo de uma cabeçada despretensiosa de Felipe Azevedo, que contou com grande falha do paredão coral, não chegou a esfriar a partida. Pelo contrário, “esquentou”. Foi a partir desse momento que as equipes começaram a se estranhar em campo. A fazer uma partida mais pegada e, ao mesmo tempo, mais equilibrada. Encerrada com a impressão de que será difícil o Santa Cruz reverter a vantagem rubro-negra, mas também deixou no ar o sentimento de que nada está definido.