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Ilha do Retiro

Zagueiro sério, Durval coleciona elogios e brincanderias com sua postura

Com jeito particular, atleta do Sport tem o respeito de todos no clube

postado em 19/04/2014 14:00 / atualizado em 19/04/2014 14:39

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D.A Press
Não pode ser coincidência. Bastou Durval retornar ao Sport para que o clube voltasse a trilhar o caminho dos títulos. Ele é um dos principais líderes do time. Se não, o líder. É o grande responsável pela solidez defensiva. Preciso nos desarmes, fez o Rubro-negro esquecer os anos de pesadelo vividos desde a sua saída. Não demorou para que os novos atletas passassem a vê-lo como referência. Exemplo, por sinal, que vem de um jeito mais do que peculiar. Impressiona a seriedade de Durval.

Dentro e fora de campo, os sorrisos são raros. Seriedade é a marca dele. Como pode, então, ele ser tão querido por todos? Durval é contradição. Ele não precisa ser amigo dos holofotes para construir uma relação de respeito com tudo que o cerca. Ídolo máximo da torcida e modelo para os jogadores. Tem o respeito da imprensa, mesmo quando se negar a falar. Algo que é muito comum.

Ele é a pauta do próximo jogo do Sport. Na volta do time à Série A, o adversário é o Santos. Equipe pela qual também fez história.  Conquistou Copa do Brasil, Copa Libertadores e Campeonato Paulista. Mas Durval não quis falar sobre esse reencontro. Prefere o silêncio e é respeitado.

“Para você arrancar uma palavra dele, é muito difícil. Ele é uma pessoa muito séria. Estou me soltando com ele há uma semana só. A gente até brinca e chama ele de ‘matutão’. É um cara muito calado, mas que tem uma liderança muito grande mesmo assim no grupo”, revela Felipe Azevedo. “Ele é um cara muito modesto também. É multicampeão. A gente até brinca ele. Eu e Rithely ficamos até nos encostando nele para pegar um pouco desse negócio de ganhar título”, acrescenta.

Admiração do treinador
Com essa postura particular, Durval tem a admiração incondicional do treinador Eduardo Baptista. “Estou no futebol há 17 anos. Sem dúvida é o melhor zagueiro que já trabalhei. De todos que vi, ele está entre os cinco eu acho. Não é coincidência ganhar título todo ano. É um cara muito sério e cobra isso dos seus companheiros. Falei até para ele hoje (ontem): ‘Capitão, pega lá os meninos e manda eles irem devagar’. Eu sei que ele é muito respeitado por lá. Iniciar uma Série A com um jogador com ele é muito importante.”