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Avesso a entrevistas, Rithely se consolida após 150 jogos no Sport e mostra personalidade

Atleta comemorou marca pelo clube e ainda promete evolução na equipe

postado em 21/08/2014 12:05 / atualizado em 21/08/2014 12:14

Carolina Fonsêca /Especial para o Diario

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
A partida contra o Palmeiras marcou um número importante para o volante Rithely. São 150 jogos vestindo a camisa do Sport. O jogador chegou ao clube em maio de 2011, como indicação de Hélio dos Anjos,  treinador do time na época. O técnico havia trabalhado com o atleta no Goiás, time onde ele foi revelado nas categorias de base. Rithely estreou em uma partida contra o ASA-AL marcando gol. Atualmente é um dos atletas mais antigos do elenco rubro-negro e cultiva um estilo particular. O volante, que está consolidado na equipe titular de Eduardo Baptista, declarou ser avesso as entrevistas. Disse não se importar com as críticas porque tem conhecimento do seu potencial.
 
“É uma marca importante, não é qualquer jogador que conquista uma marca dessas e eu fico feliz de ter conquistado essa marca com a camisa do Sport”, disse o volante, que no primeiro semestre deste ano teve o contrato renovado com o clube por mais três temporadas.

O jogo que para Rithely tinha uma marca de certa forma comemorativa não contou com gol feito por ele. Entretanto, o volante precisou “sair de cena” para deixar outro colega brilhar. No lance do gol da virada do Sport sobre o Palmeiras, Patric pediu licença. “Na hora que a bola sobrou, ele já veio gritando lá de trás ‘sai, sai sai, deixa que é minha’, se o homem tá iluminado, o que que eu vou fazer na bola?”, contou.

Nesses três anos de Sport, o jogador já foi do céu ao inferno na relação com a torcida. Amargou dois rebaixamentos, mas também comemorou dois acessos. Fez parte dos elencos que ficaram com o vice-campeonato estadual por três anos seguidos, mas  foi importante para a conquista do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste deste ano. Além de ser titular no time de Eduardo Baptista, fazendo uma boa campanha na Série A do Campeonato Brasileiro, nesta temporada.
 
As críticas da torcida rubro-negra servem, também, como incentivo para Rithely. “Se a torcida está cobrando, se está achando que se eu jogar mais ou menos, o time não está indo, então vou me dedicar mais e mais para melhorar, para poder ajudar os meus companheiros, dar alegria para a torcida, para que nós consigamos sair com as vitórias”, disse.

Relação com a imprensa

Rithely não esconde o desconforto de estar diante da imprensa. Quando não consegue escapar das coletivas, responde todas as perguntas sem problemas, mas sempre que pode foge dos microfones, câmeras e blocos de anotação. As entrevistas são os ossos do ofício para o jogador. “Para falar a verdade, eu não gosto muito de vir aqui [sala de imprensa] e de estar falando, dando entrevista porque se eu jogar mal, vocês [a imprensa] vão falar que eu joguei mal. Se eu jogar bem, vão dizer que eu joguei bem. Pra mim, não faz diferença nenhuma. Eu sei do meu potencial, sei o que eu posso fazer.  Eu gosto mais de ficar na minha ali. Então é a vida, um dia eu vou jogar bem, no outro vou jogar mal, mas eu sei do meu valor, sei do meu potencial e a cada dia eu procuro melhorar mais e mais”, explicou.