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No Maracanã, Sport tenta superar Fluminense e a má fase do ataque pela 17ª rodada da Série A

Um dos mais cobrados pelo desperdício nas jogadas ofensivas é Neto Baiano

postado em 23/08/2014 14:42 / atualizado em 23/08/2014 15:15

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
O problema do Sport nunca foi a defesa. Era o meio-campo. Agora, é a finalização. A culpa pela excessiva perda de gols acaba recaindo quase toda em Neto Baiano - o único atacante de ofício do esquema proposto pelo técnico Eduardo Baptista e em jejum há seis jogos. Mas não é só ele que deve estar sub judice. Com a equipe rubro-negra notadamente mais eficiente na transição, outros jogadores do time começaram a ter oportunidades para balançar as redes. Ao mesmo tempo, desperdiçam chances claras com frequência. Hoje, o Leão enfrenta o Fluminense, no Maracanã. Não há desculpas. As jogadas estão, enfim, sendo construídas. Os leoninos só precisam ser mais certeiros. Diante de um adversário que também briga pelo G4 da Série A do Brasileiro, não aproveitar as jogadas criadas pode ser fatal.

Eduardo Baptista conseguiu armar um Sport consistente e taticamente consciente. Consolidou um time que não faz questão de ser brilhante, nem se arrisca a fazer o que não pode. O problema estava sendo a criação. Uma falha pontual processualmente corrigida. Coincidentemente, depois das chegadas dos reforços Ibson e Diego Souza ao clube, houve uma melhora. Jogaram, respectivamente, apenas 29 e 19 minutos na rodada passada, contra o Palmeiras, na Arena Pernambuco. Mesmo ainda antes de eles terem estreado e ainda desfalcado de Régis, substituído aos 14 minutos do primeiro tempo por lesão na coxa esquerda, o Leão, porém, conseguiu fazer uma transição eficiente diante do Verdão.

O 2 a 1 sobre os paulistas poderia ter sido, facilmente, transformado em goleada não fossem os gols perdidos. Os pontas e laterais estão sendo bem mais participativos. A equipe leonina já mostrava uma visível melhora na sua intensidade ofensiva já na partida anterior - diante do Atlético Paranaense, na Ilha do Retiro O time de Baptista foi bem mais propenso ao ataque. Perdeu gols e ficou apenas no 1 a 1. Mas já dava um primeiro sinal de crescimento.

Otimismo do treinador
O treinador rubro-negro ressalta a melhora na intensidade ofensiva do Sport. Principalmente diante de um adversário que, embora em crise, é tecnicamente mais perigoso que o lanterna Palmeiras e que ainda não perdeu em casa nesta Série A. Espera agora, sobretudo, que os gols saíam com mais facilidade. Segundo o comandante, a quebra de uma sequência de três jogos sem ganhar no Brasileiro pode dar a segurança necessária para os seus jogadores não errarem tanto na finalização. “Acho que estava faltando tranquilidade. Com a nossa última vitória, creio que nós ficaremos mais calmos para finalizar e as bolas vão começar a entrar com mais naturalidade”, previu.

Os vacilões do último jogo
Contra o Palmeiras, o Sport finalizou 20 vezes. Algumas delas, não poderiam ter sido perdidas. Rithely iniciou a sequência de gols perdidos ao cabecear nas mãos Fábio. Felipe Azevedo desperdiçou uma chance bem mais clara. Escapou da defesa e, cara a cara com o goleiro alviverde, teve a proeza de chuta em cima dele. Depois, Neto Baiano bateu sem equilíbrio e acertou a trave. Na etapa final, Patric perdeu mais três gols. O segundo, quase dentro da pequena área. No fim, Neto jogou por cima uma bola, desta vez sim, na pequena área.

Fluminense
Embora no topo da tabela do Brasileiro, o Fluminense está pressionado. Em crise. O vexame na eliminação da Copa do Brasil, os três jogos sem vencer na Série A e a consequente saída do G4 causaram tumultos no retorno da equipe ao Rio de Janeiro após partida em Santa Catarina. Torcedores chegaram a ameaçar os jogadores. Arremessaram moedas. Depredaram um carro de atletas. Em uma reação encabeçada por Fred, o time tricolor ameaça até não entrar em campo hoje caso não tenha garantias de segurança.

Fluminense
Kléver; Bruno, Henrique, Elivélton e Chiquinho (Fernando); Valencia, Jean, Cícero e Conca; Walter (Sóbis) e Fred. Técnico: Cristóvão Borges

Sport
Magrão; Patric, Durval, Oswaldo e Renê; Rithely, Wendel e Zé Mário; Ananias, Neto Baiano e Felipe Azevedo. Técnico: Eduardo Baptista

Estádio: Maracanã (Rio de Janeiro-RJ). Horário: 16h. Árbitro: André Luiz de Freitas Castro-GO. Assistentes: Alessandro Rocha de Matos-BA e Guilherme Dias Camilo-MG