Sport negocia detalhes de 'parte delicada do contrato' para avançar no projeto da Arena

A torcida do Sport aguarda com ansiedade a cada novo capítulo que envolve a construção da nova arena do clube. Mas o processo, segundo o que expõe a diretoria, tem sido tratado com muita cautela para evitar prejuízos futuros ao Leão da Ilha. Sendo assim, os gestores rubro-negros voltam a pregar cautela com o andamento das negociações para que o estádio ganhe uma nova face. De com o vice-presidente de futebol Arnaldo Barros, que também participa da condução dos contratos do empreendimento, o clube está negociando os detalhes mais delicados para firmar de fato a parceria com a Engevix - investidora do empreendimento.

"A arena tem nos exigido um trabalho muito meticuloso, muito intenso, porque nós estamos na fase jurídica dos contratos. Isso tem muitos pormenores. Tem a parte de garantia, dos seguros. Colocar isso tudo no papel do contrato de financiamento, que é, talvez, o mais importante dos contratos e o que mais vincula as partes em termos de obrigação, tem que ser feito com muita calma e precisão", disse Arnaldo Barros, que é advogado.

O diretor ainda revelou que o clube tem trabalhado com frequência no assunto e, inclusive, intensificou os encontros com a empresa responsável pelo investimento na arena do Sport. "Nós temos ido com frequência a São Paulo. Temos ido, pelo menos, duas vezes por mês. Isso está sendo redigido a quatro mãos. Tem o lado da Engevix e o lado do Sport", observou o rubro-negro.

O Sport já conseguiu a liberação da Prefeitura do Recife para a construção do empreendimento. Recentemente, o clube encontrava dois impasses que foram solucionados. O primeiro era em relação aos terrenos. Eram vários lotes na Ilha do Retiro em nome do clube. Precisavam estar unificados em um só no papel, segundo exigência da Prefeitura do Recife, da Comissão de Controle Urbanístico (CCU) e do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU). O outro problema era a apresentação de garantias financeiras da empresa que irá encabeçar as obras para que o projeto fosse concretizado. A Engevix, portanto, fará um seguro com valor igual ao do projeto - R$ 750 milhões.

O projeto da arena leonina prevê um estádio para 45 mil pessoas. Há ainda também espaço para um estacionamento com quatro mil vagas, além de empreendimentos comerciais e áreas exclusivas para modalidades amadoras. Depois que o contrato for sacramentado, ainda é necessário levar o mesmo para a aprovação dos sócios. Só depois disso é que a Ilha do Retiro pode ser demolida. Existe a expectativa que isso possa ocorrer em agosto do próximo ano.