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Sem resposta da Engevix, projeto da Arena Sport pode dar um passo atrás e demorar mais a sair

Investidora tem até esta quinta-feira para dar resposta ao presidente do clube

postado em 30/10/2014 15:55 / atualizado em 30/10/2014 16:30

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Divulgação
Está marcado para esta quinta-feira, 30 de outubro, o prazo final para que a Engevix - empresa encarregada de viabilizar a Arena Sport - dê a uma resposta definitiva ao clube acenando se vai ou não seguir à frente do empreendimento. A informação foi revelada pelo presidente rubro-negro, João Humberto Martorelli. Apesar do risco real de ter que procurar um novo parceiro para a obra, o mandatário se mostrou tranquilo e confiante na viabilização do projeto.

"É o seguinte: quando aprovamos o projeto junto à prefeitura, em dezembro do ano passado, imediatamente procuramos um parceiro investidor, que no caso é a Engevix. Apresentamos a minuta do contrato definitivo para que ela iniciasse a captação de recursos e pudesse trabalhar", afirmou Martorelli.

"Desde janeiro, isso vem sendo discutido. Nós insistimos muito na cláusula de seguro garantia, enquanto eles insistiam em um seguro que nós não nos sentíamos confortáveis. Finalmente ela nos disse, em setembro, sem o contrato assinado, que estava reanalisando as premissas econômicas do empreendimento, uma vez que demorou muito para o aprovarmos e a realidade econômica do país hoje não mais é a mesma de 2010, quando assinamos protocolo de intenções", disse. "Finalmente, dei prazo até 30 de outubro e eles têm que me dar uma resposta, se vão ou não trabalhar no empreendimento e se são ou não parceiros", acrescentou o presidente.

O Sport já tem em mãos a liberação da Prefeitura do Recife para a construção do empreendimento. Recentemente, o clube encontrava dois impasses que também já foram solucionados. O primeiro era em relação aos terrenos. Eram vários lotes na Ilha do Retiro em nome do clube. Precisavam estar unificados em um só no papel, segundo exigência da Prefeitura, da Comissão de Controle Urbanístico (CCU) e do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU).

Estaca zero?
O outro problema era a apresentação de garantias financeiras da Engevix. Ela acordou o seguro com valor igual ao do projeto - R$ 750 milhões. O impasse agora está justamente nesse valor, que a empresa quer reajustar, enquanto o Leão quer manter. Questionado se uma resposta negativa do parceiro poderia levar a arena à estaca zero, Martorelli foi taxativo.

"Se não tiver negócio, vamos procurar outro parceiro. Estaca zero, não é. Adiantamos mais de a metade do projeto quando o aprovamos. A questão agora é se temos um parceiro investidor. Temos um prazo e temos que respeitá-lo. Vamos aguardar essa resposta", pontuou.

A arena
O projeto da arena leonina prevê um estádio para 45 mil pessoas. Há ainda também espaço para um estacionamento com quatro mil vagas, além de empreendimentos comerciais e áreas exclusivas para modalidades amadoras. Depois que o contrato for sacramentado, ainda é necessário levar o mesmo para a aprovação dos sócios. Só depois disso é que a Ilha do Retiro poderá ser demolida. Existe a expectativa que isso possa ocorrer em agosto do próximo ano.