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Os 11 dias que fizeram o Sport mudar da água para o vinho: "Ficamos machucados", diz técnico

Pela segunda vez, Eduardo Baptista consegue contornar uma crise à frente do Leão

postado em 22/05/2015 09:00 / atualizado em 22/05/2015 09:11

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
Em velocidade moderada, porém gradativa, pouco a pouco o Sport começa a enxergar o turbilhão que assolou o clube, durante algumas recentes semanas, apenas pelo retrovisor. A mudança tem sido da água para o vinho. Desde que o time foi eliminado nas semifinais nas duas principais competições do semestre – a Copa do Nordeste e o Estadual -, a equipe do técnico Eduardo Baptista precisou conviver com a desconfiança da torcida. Pressão das arquibancadas que chegaram exigir a cabeça do treinador.

“Ficamos machucados”, revelou Eduardo, que novamente vai conseguindo contornar mais um momento de crise à frente do time com uma peculiar maturidade de quem tem apenas pouco mais de um ano na profissão. “Estamos curando as perdas dos dois campeonatos e é um trabalho que está apenas no seu começo ainda. É difícil o insucesso, mas conversei com eles que tudo muda muito rápido. Basta ter atitude e coragem”, concluiu o técnico.

A reviravolta

10 de maio
Sport 4 x 1 Figueirense (Série A)
Foi o início da reviravolta. Com um público pífio de pouco mais de 4 mil torcedores, o Leão estreou no Brasileiro contestado. O Sport vinha de uma apresentação sem vida, com derrota para a Chapecoense. A pressão sobre Eduardo Baptista chegava ao nível máximo. Precisava-se de uma resposta. E ela veio com o renascimento de Diego Souza, do próprio técnico e do time como um todo, com uma esperançosa goleada.

13 de maio

Sport 2 x 0 Chapecoense (Copa do Brasil)
Chegou-se a falar que a vitória sobre o Figueirense teria sido motivada pelo fato de o time catarinense ter jogado com reservas na Ilha. A prova dos nove viria sobre a Chapecoense. Mesmo ainda cambaleante, o Sport devolveu o placar do jogo de ida pela Copa do Brasil e garantiu a classificação nos pênaltis. A credibilidade na equipe começava a se redesenhar.

17 de maio

Flamengo 2 x 2 Sport (Série A)
Já era sabido que o Sport estava evoluindo, mas ainda restava algo a se provar. A oportunidade, contra o rival Flamengo, no Maracanã, era única. Mesmo contando apenas com dois reforços em relação ao time que vinha cambaleando nas semanas anteriores (o lateral-direito Samuel Xavier e o zagueiro Matheus Ferraz), o Leão voltou a fazer uma apresentação sólida. Novamente com o brilho de Diego Souza. Não trouxe a vitória do Rio por uma fatalidade do jogo. Sem problemas. As pazes com a torcida estavam refeitas.

20 de maio

Sport 2 x 1 Santos (Copa do Brasil)
Contra o Santos, a ratificação do bom momento. Mesmo esfacelado por uma gama de desfalques, como Diego Souza, Magrão e Elber, o Sport voltou a demonstrar equilíbrio entre os setores e fazer uma partida eficiente contra um adversário tecnicamente superior. Bem moldados taticamente e com uma postura consolidada apesar das ausências, a equipe superou-se e surpreendeu a todos com uma vitória maiúscula contra os atuais campeões paulistas.