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Confusão, cobranças exacerbadas e agressões verbais de facção marcam desembarque do Sport

Jogadores foram coagidos e sofreram ameaças de torcedores

postado em 04/10/2015 14:20 / atualizado em 04/10/2015 16:34

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Daniel Leal/DP/DA Press
Foi praticamente uma semana longe do Recife. A missão dupla, pela Copa Sul-Americana (eliminado pelo Huracán, em Buenos Aires) e pela Série A (derrota neste sábado para o Internacional), não foi cumprida. A delegação do Sport desembarcou no início da tarde deste domingo de mãos vazias no Recife. Razão pela qual um grupo de aproximadamente 20 integrantes da facção Torcida Jovem viram como suficientes para praticar uma exacerbada cobrança sobre os atletas. O desembarque, como não poderia deixar de ser, foi bastante tumultuado.

Cientes da presença dos torcedores, a delegação rubro-negra se preparou para sair escoltada pelos seguranças do clube e particulares. Funcionou em parte. Quando passaram pelo saguão em grupo, foram agredidos verbalmente. Alguns integrantes da Jovem puseram os dedos em riste no rosto de alguns jogadores – casos do lateral Renê e do atacante Samuel. O primeiro, inclusive, chegou a ser empurrado e salvo pelo segurança Pelé.

O meia Marlone, que saiu um pouco atrás dos demais companheiros, acabou sendo cercado por um grupo de aproximadamente 10 torcedores. Ouviu pedidos de empenho, raça e as tradicionais ameaças, já comuns quando o tema é "torcida organizada".

Alvos fáceis
Na saída do saguão, mais confusão. Espalhados, os atletas se tornaram alvos ainda mais fáceis. Renê (novamente) teve o táxi cercado. O motorista deixou o aeroporto em arrancada, cantando pneus. Situação pior ficou para o meia Élber e o atacante Hernane Brocador. O primeiro, com a sua esposa na direção, também teve o carro cercado e precisou ter muito jogo de cintura para conseguir convencer os torcedores em deixá-lo partir. Situação parecida aconteceu com Hernane, que suou para ir embora.