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Com Arena cada vez mais distante, Sport estuda ampliação e melhorias para a Ilha do Retiro

Diante da crise econômica, clube já trabalha nos bastidores com "plano B"

postado em 10/12/2015 15:52 / atualizado em 10/12/2015 16:55

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP

Em entrevista recente à reportagem do Superesportes, o presidente do Sport, João Humberto Martorelli, deu um prazo
que iria até o final deste ano para tentar viabilizar um novo parceiro para a construção da nova arena do clube. Embora tratando do tema pessoalmente e com afinco (tentando contato com diversas frentes, inclusive de fora do país), o mandatário até então não obteve sucesso para dar andamento ao projeto. Dessa forma, nos bastidores, o clube já trabalha com uma espécie de "plano B" para reformar a Ilha do Retiro e fazer melhorias no estádio.

Uma comissão extraoficial foi formada para realizar um estudo nas dependências rubro-negras. O grupo de engenheiros e arquitetos está desenvolvendo uma série de projetos para uma reforma nos vestiários (tanto o local quanto o do visitante e o do árbitro), na sala de imprensa, nos elevadores, banheiros e também na área interna da Ilha do Retiro.

De pronto, o que já está mais adiantado é a construção de uma escadaria "com cinco lances", que dará acesso direto ao setor de camarotes – que até então, só tem os dois antigos elevadores como acesso direto e a entrada secundária via o setor de cadeiras -, além da conclusão da construção de uma área vip. Todos os projetos estão passando pelas mãos do arquiteto J. A. Hawatt, o mesmo que planejou o Centro de Treinamento José de Andrade Médicis e a Loja Oficial do clube, fechada desde o ano passado.

"A gente está fazendo esse levantamento juntamente com um grupo de engenheiros e arquitetos. São levantamentos pontuais para que a gente possa fazer algumas melhorias, além de atender algumas normas de segurança", afirmou J. A. Hawatt, que é uma das pessoas a colaborar com o estudo. "Os elevadores a gente está tentando ver uma possibilidade de reestruturação. São peças que já não se fabricam mais e se trata de um dos pontos mais difíceis do projeto, o que nos requer tomar muito cuidado", acrescentou.

 Nando Chiappetta/DP
Ampliação
Sobre ampliação, o arquiteto J. A. Hawatt se mostrou mais reticente. Porém, não descartou que o estádio passe por um acréscimo. "Estamos estudando para ver a parte interna, com a questão da melhoria das arquibancada e das cadeiras. Mas ampliação ali é complicado porque de um lado (onde é possível expansão) há edifícios muito próximos e do outro é o lado do saputizeiro. Mas está tudo em fase de estudo", pontuou.

Sobre o projeto, o gestor de patrimônio do clube, Luciano Alves, afirmou que não poderia dar maiores detalhes de nada por enquanto e pediu para a reportagem do Superesportes voltar a entrar em contato na próxima semana. "Ainda estamos em fase de conversas. Ainda não há nada oficial", resumiu-se a dizer.
Procurado há dois dias, o presidente João Humberto Martorelli afirmou que não havia nenhuma novidade acerca da Arena rubro-negra. Membro dos mais importantes da comissão que trata da arena, o ex-presidente Gustavo Dubeux afirmou que o grupo "é meramente consultivo e que quem está lidando com o andamento do projeto da arena hoje é Martorelli".

Questionado sobre essa possibilidade de uma reforma na Ilha, Durbeux se mostrou favorável. "Na minha opinião, o que se puder melhorar é louvável. Agora, uma coisa não impede a outra. O Sport tem que permanecer na luta para tirar licenças de construção necessárias. É importante deixar isso pronto, pois esse momento de crise passa. O Brasil muda esse ciclo depois e, quando mudar em dois anos, tem que continuar perseguindo isso. É um projeto que vai dar um futuro promissor para o Sport, a exemplo do que acontece com o Palmeiras, Grêmio, Atlético-PR, Internacional... Tem que deixar pronto para quando houver condições de fazer a qualquer momento e agora, se puder, é fazer tudo para melhorar a Ilha", pontuou.

A arena do Sport

O projeto da arena leonina prevê um estádio para 45 mil pessoas. Há ainda também espaço para um estacionamento com quatro mil vagas, além de empreendimentos comerciais e áreas exclusivas para modalidades amadoras. Depois que o contrato for sacramentado, ainda é necessário levar o mesmo para a aprovação dos sócios. Só depois disso é que a Ilha do Retiro poderia ser demolida.

O Sport já tem em mãos a liberação da Prefeitura do Recife (inclusive com uma renovação da autorização) para a construção do empreendimento. Recentemente, o clube encontrava dois impasses que também já foram solucionados. O primeiro era em relação aos terrenos. Eram vários lotes na Ilha do Retiro em nome do clube. Precisavam estar unificados em um só no papel, segundo exigência da Prefeitura, da Comissão de Controle Urbanístico (CCU) e do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU).

Sport/Divulgação