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Vice-presidente do Sport evitar termo "traição" para se referir à saída de Oswaldo de Oliveira

Arnaldo Barros, no entanto, não negou ter ficado chateado com a decisão do técnico

postado em 13/10/2016 19:40 / atualizado em 13/10/2016 20:21

João de Andrade Neto /Superesportes

Ricardo Fernandes/DP
A saída do técnico Oswaldo de Oliveira foi um duro golpe no planejamento do Sport de evitar a queda para a Série B. No entanto, nesta quinta-feira, após efetivar o ex-assistente Daniel Paulista como novo comandante rubro-negro, o vice-presidente Arnaldo Barros evitou usar o termo "traição" na conduta do agora treinador do Corinthians. No entanto, não escondeu a sua chateação com o episódio.

"A palavra traição acho que não cabe no meio profissional. Oswaldo estava até disposto a continuar, desde que atendêssemos a determinadas expectativas dele que não tínhamos condições de atender (a renovação de contrato para 2017). Sendo assim, ele tem legitimidade de procurar uma segurança pessoal. É evidente que não fiquei satisfeito, mas não usaria a palavra traição. No profissionalismo, esse tipo de percauso pode ocorrer", disse.

Embora seja raro e não fosse o que esperávamos", afirmou o dirigente leonino. O vice-presidente rubro-negro, porém, garantiu que, como houve quebra de contrato por parte de Oswaldo, o treinador terá que pagar as devidas multas rescisórias ao Sport. "A nossa relação contratual com Oswaldo de Oliveira é celetista. Nos não devemos absolutamente nada a nenhum treinador que passou pelo Sport, como também nenhum deles devem nada ao Sport. Nós zelamos pelo interesse do clube e não seria correto se por acaso deixássemos de aplicar a lei a quem quer seja."

Daniel Paulista

Ainda de acordo com Arnaldo Barros, a definição de efetivar Daniel Paulista como o substituto de Oswaldo de Oliveira para a reta final do Brasileiro foi tomada após uma reunião com as lideranças do elenco rubro-negro. Participaram da conversa o goleiro Magrão, o zagueiro Durval, o volante Rithely e o meia Diego Souza. Os três primeiros chegaram a atuar com Daniel Paulista no Leão.

Segundo Arnaldo, o apoio dos jogadores foi o suficiente para diluir a insegurança sobre a efetivação do técnico. "Daniel foi contratado pelo clube em 2014 e vem sendo preparado para essas situações. Ele foi um excelente atleta e adquiriu experiência com os treinadores que passaram pelo clube. Havia o receio pela pressão ser muito grande e estávamos querendo preservá-lo. Mas depois de uma conversa com lideranças do elenco e do clube entendemos que se ele se sentisse devidamente preparado e disposto para enfrentar esse desafio ele mereceria a nossa confiança", explicou o cartola.