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Firme no cargo, Daniel analisa empate contra o Santa como oscilação do Sport: "Acontece"

Treinador ouviu pela primeira vez os gritos de "Fora Daniel", das arquibancadas

postado em 26/03/2017 18:54 / atualizado em 26/03/2017 19:16

Ricardo Fernandes/DP
Inabalável. Apesar de escutar pela primeira vez os gritos de "Fora Daniel" vindo das arquibancadas, justamente do mesmo torcedor que abraçou a sua efetivação no ano passado, o técnico Daniel Paulista não se mostrou preocupado com a pressão sobre o seu trabalho, após o empate por 1 a 1 contra o Santa Cruz neste domingo. Mesmo com os rubro-negros atuando com os titulares, enquanto os corais entraram em campo apenas com reservas. Para o treinador, o resultado é fruto de uma oscilação da equipe. "Acontece", afirmou.

Após a partida, o comandante leonino teve uma conversa com diretores nos vestiários da Ilha. Mas tratou o encontro como normal. "Em todos os jogos os diretores vão ao vestiário para conversar sobre o jogo. Só isso. Sobre o jogo, lógico que não era o resultado que esperávamos. Na minha visão foi um primeiro tempo muito nervoso, de muita disputa e contato e pouco futebol. No intervalo, conversamos e o segundo tempo foi nosso. Criamos inúmeras oportunidades, mas sofremos o gol no detalhe. O Santa Cruz achou o gol na cobrança de falta. O trabalho continua e esse tipo de oscilação, com resultados inesperados, acontece", analisou.

Segundo o treinador, a única partida em que o Sport esteve abaixo do esperado sob o seu comando na temporada foi na derrota da última quarta-feira, por 2 a 1, sobre o Sampaio Corrêa, em São Luís. Daniel, mais uma vez, utilizou dos números para embasar deu trabalho. Na temporada, em 18 partidas, foram 11 vitórias, cinco empates e duas derrotas, com 70,4% dos pontos disputados.

"Nessa sequência de jogos, apenas o jogo contra o Sampaio foi o ponto fora da curva. Tirando essa partida, fizemos jogos melhores, outros um pouco menos, mas conseguimos as vitórias. Foram quatro em sequência, sem sofrer gols (contra Boavista-RJ, duas vezes, Juazeirense e Belo Jardim). O clássico, independentemente de como vem o adversário, sempre é um jogo de muita intensidade e entrega. São muitas vezes decididos nos detalhes. E nos detalhes deixamos escapar a vitória", pontuou.
 
Ainda em sua auto defesa, Daniel também mininizou as vaias e a cobrança da torcida. Assim como os questionamento sobre o futebol pouco convicente da equipe. Para isso, mais uma vez recorreu aos números. "O torcedor, como sempre falei, tem um papel fundamental na trajetória da equipe. E é também emoção. É lógico que fica chateado quando o resultado não vem. Mas estamos conseguindo todos os nossos objetivos em todas as competições da temporada. A questão de jogar bem ou não é interpretativo. Mas os resultados estão acontecendo"
Por que os titulares?
Daniel também teve que explicar o motivo de ter escalado os titulares para o jogo contra os reservas do Santa, mesmo tendo a partida de ida das quartas de final da Copa do Nordeste, na próxima quinta-feira, contra o Campinense. E a volta, no próximo domingo, na Ilha. Para ele, tudo estava dentro do planejamento do clube.

"Se pegarmos o histórico, desde o ínicio da temporada, a equipe principal sempre fez quatro jogos e é tirada no quinto. Independentemente do adversário. Fizemos isso, por exemplo, contra o Náutico (empate na Ilha). Havíamos poupado contra o Belo Jardim (no último domingo) e voltamos a utilizar os titulares contra o Sampaio. Depois dos dois jogos contra o Campinense, esse time sai contra o Salgueiro (pelo Estadual)", adiantou.

Para o jogo de ida diante do Campinense, a expectativa é contar com os retornos do lateral esquerdo Mena e o meia Diego Souza, que estão com as seleções de Chile e Brasil, nas eliminatórias. Além deles, há a expectativa quanto ao aproveitamento do volante Rithely e do atacante Lenis, ambos se recuperando de lesões.