Sport

SPORT

As razões para a evolução da defesa do Sport na temporada sob comando de Luxemburgo

Treinador ajusta retaguarda contando praticamente com as mesmas peças

postado em 14/07/2017 12:06 / atualizado em 14/07/2017 12:08

Os números saltam aos olhos. Principalmente, mostram um cenário totalmente novo para o Sport em relação à Série A do ano passado, quando o time apresentou a quarta pior defesa da competição. Foram 55 gols sofridos. Agora, porém, já são quatro rodadas seguidas sem sequer ter sofrido um gol na elite do futebol brasileiro. Números frutos de um novo conceito estabelecido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que conta, praticamente, com as mesmas peças do elenco de outrora.

Praticamente mesmas peças e revezamento

Na primeira linha defensiva, o Sport mudou apenas a lateral esquerda. Sem Renê, veio Mena e a sombra Sander, uma surpresa garimpada pelo departamento de estatística do clube e aprovada pelo treinador. No mais, Samuel Xavier, Durval e Ronaldo Alves seguem no time junto a Magrão, em grande fase, na meta. Nesse meio, contudo, vem a primeira novidade implantada pelo treinador do Sport.

Sem ter o vigor físico de outrora, Durval passou a revezar com Henríquez a condição de titular. A novidade resolveu também a situação do colombiano - que sofria com constantes problemas físicos e não conseguia entrar em campo em um intervalo curto de tempo.

Dupla de volantes encaixada

O setor também ganhou robustez com a decisão do técnico de não mais adiantar Rithely no sistema tático. O cão de guarda do Sport voltou a fazer o que sabe de melhor: roubar a bola e iniciar a transição do jogo. Dessa vez, ainda conta com outro destaque ao lado. O volante Patrick se mostrou a peça que faltava para fechar a entrada da área do Leão. Os dois são grandes responsáveis pelo fato de o time ser o maior ladrão de bolas da Série A com 241 desarmes.

Posicionamento e consciência coletiva  

Os números defensivos do Sport são reforçados pelo posicionamento dos demais setores. Os atletas que ocupam os lados do campo, normalmente Osvaldo e Everton Felipe, também se dedicam na marcação. Mena, recentemente lançado como um ponta esquerda, passou a ser outra opção fabricada por Luxemburgo. Mais à frente, André mostra não ser apenas o centroavante e, no momento defensivo, recompõe com muita dedicação deixando Diego Souza mais livre para iniciar os contra-ataques

É justamente essa consciência coletiva que o treinador Vanderlei Luxemburgo exalta. “Não é a defesa. Às vezes, também se coloca a culpa na defesa. Marcação é coletiva. Quando a marcação é coletiva facilita. Você pode ver que André, Everton... dão carrinho. A bola chega lá atrás mais confortável”, disse.