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MUNDIAL DE HANDEBOL

Para continuar no Mundial e alcançar quartas de final, Brasil tem que vencer a Croácia

Por conta da colocação, brasileiros enfrentarão líderes do Grupo B da primeira fase

postado em 24/01/2015 16:00 / atualizado em 24/01/2015 20:52

Ana Paula Santos /Diario de Pernambuco

Wander Roberto/Inovafoto
Jogar abaixo do esperado, desperdiçar chances claras de ataque e cometer falhas na defesa. Tudo isso aconteceu nos confrontos da fase de grupo com o Brasil. Mas a partir deste domingo, não poderá ser desta forma. Se a seleção brasileira tem planos de ampliar a estada em Doha, onde disputa o Campeonato Mundial de handebol masculino, o comportamento terá que ser outro. Do contrário, corre o risco de ser 'engolida' pela Croácia, seleção que chega às oitavas de final na primeira colocação do grupo B, de forma invicta. O jogo entre brasileiros e croatas acontece na Arena Ali Bin Hamad, onde os brasileiros ainda não aturam, às 15h (horário de Recife).

O elenco do Brasil sabe na ponta da língua quais são as principais virtudes do time da Croácia. Conhecem também os jogadores de destaque. Já os viram jogar ou tiveram a chance de ficar frente a frente com eles, nas ligas da Europa - oito atletas da seleção brasileira jogam em clubes europeus. Os adversários não são desconhecidos. A questão é como parar esta forte equipe e não oscilar tanto durante um jogo que vale a inédita classificação para as quartas de final de um Campeonato Mundial. Na edição passada, em 2013, na Espanha, o Brasil foi eliminado justamente nas oitavas ao perder para a Rússia pela diferença mínima de um ponto. Desclassificação doída.

A disposição para mudar o panorama desfavorável os jogadores do Brasil têm. Depois da segunda vitória na competição, na noite da última sexta-feira, o time já saiu falando sobre o duríssimo duelo com os croatas. "A gente sabe que tem que pressionar os caras ao máximo. Minimizar os erros de ataque, pois se trata de uma seleção qualificada, que tem goleiro bom, ponteiro veloz, além de um central e um pivô muito eficientes", explicou Thiagus Santos, armador esquerdo, que defende o Naturhouse La Rioja, da Espanha.

O central Diogo Hubner, de 31 anos, é um dos mais experientes da seleção, que é comandada pelo espanhol Jordi Ribera. Ele analisa que nos jogos contra seleções igualmente fortes como a Croácia - se refere a Espanha e Eslovênia -, o Brasil teve um desempenho satisfatório. Faltaram pequenos detalhes, que ele espera que aparecem nesse jogo de domingo.

 

"Não dá para negar nossa evolução. Estou na seleção há bastante tempo e antes vinhamos em mundiais e perdíamos por 20 gols de diferença. Isso foi diminuindo. Aqui, em Doha, fizemos jogos bons contra seleções que são referências no mundo, caso da Espanha, atual campeã do mundo, e da Eslovênia, quarta colocado no último Mundial. Se quisermos fazer história, esse detalhe que está faltando terá que aparecer nesse jogo", comentou Hubner, que estreou em mundiais na Tunísia, em 2005. E esse armador central de 1m80 - terá pela frente grandalhões croatas de 2m10 - acredita na realização de um sonho. "Sei que estaremos diante de uma equipe competente e difícil de ser enfrentada. Mas estou aqui em busca do sonho de ser campeão do mundo. E vou fazer a minha parte", acrescentou.


Os demais jogos das oitavas

Polônia x Suécia
Austria x Catar
Alemanha x Egito
Islândia x Dinamarca
Espanha x Tunísia
Eslovênia x Macedônia
França x Argentina