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Primeiro título do Cruzeiro da Copa do Brasil completa 25 anos neste domingo

Superesportes relembra campanha campeã da Raposa na competição nacional

postado em 03/06/2018 13:02 / atualizado em 03/06/2018 13:28

Arquivo/Estado de Minas
Quinta-feira, 3 de junho de 1993. Há exatos 25 anos, o Cruzeiro conquistava sua primeira, das cinco Copas do Brasil de sua história. Foi diante do Grêmio, no Mineirão, que recebia um grande público - o maior naquela edição do torneio: 70.723 torcedores pagaram ingressos. O clube celeste entrava em campo depois de ter voltado de Porto Alegre com um empate sem gols na bagagem, e fez sua parte no Gigante da Pampulha, ao vencer por 2 a 1, gols de Roberto Gaúcho e Cleisson.

Antes do Grêmio, o Cruzeiro passou por Desportiva Ferroviária-ES (primeira fase), Náutico (oitavas de final), São Paulo (quartas de final) e Vasco (semifinal). O Superesportes detalha como foi a vida do Cruzeiro em cada etapa da Copa do Brasil de 1993. Confira!

Primeira fase

O Cruzeiro estreou naquela Copa do Brasil enfrentando a Desportiva Ferroviária-ES, em Cariacica. A Raposa voltou para Belo Horizonte com o empate por 1 a 1 na conta. Na semana seguinte, no Mineirão, o clube celeste goleou os capixabas por 5 a 0 no jogo da volta, com dois gols de Cleisson, dois de Nivaldo e um de Éder Aleixo.

Oitavas de final

O adversário do Cruzeiro nas oitavas de final foi o Náutico. O jogo de ida foi nos Aflitos, no Recife. Além dos 11 rivais dentro de campo, o clube celeste também tinha o gramado como adversário. E o time pernambucano levou a melhor por 1 a 0, gol de Paulo Leme. Na semana seguinte, a Raposa decidiu a classificação em menos de 30 minutos no Mineirão. Nivaldo e Nonato, aos 22’ e 26’ da primeira etapa, garantiram a vaga mineira.

Quartas de final

O São Paulo cruzou o caminho do Cruzeiro nas quartas de final. Diferentemente das fases anteriores, o time celeste venceu a partida de ida, fora de casa. No Morumbi, o Tricolor começou abrindo o placar ainda no primeiro tempo, gol de Cláudio Moura. Mas na etapa complementar, Toto e Marco Antônio Boiadeiro colocaram o clube mineiro em vantagem no jogo de ida. 

Na partida de volta, mais de 36 mil torcedores compareceram ao Mineirão e viram um jogo duro. O Cruzeiro começou abrindo o placar com Cleisson, ainda na primeira etapa. Na segunda, Elivélton igualou para o São Paulo. Nove minutos depois, Cleisson, mais uma vez, balançou as redes para o clube celeste. Douglas marcou para o Tricolor em seguida, mas a Raposa acabou carimbando o passaporte para a semifinal com o empate por 2 a 2.

Semifinal

Desta vez, o Cruzeiro começaria a decidir a semifinal no Mineirão. Do outro lado do campo estava o Vasco. A Raposa não tomou conhecimento do adversário e partiu para cima, abrindo o placar logo aos 22’ com Luiz Fernando Flores (atual auxiliar técnico do América). Seis minutos depois, França empatou para o cruz-maltino, mas os dois gols de Edenílson inflamaram o Mineirão e deram a confiança necessária ao time celeste para a partida de volta, no Maracanã.

No Rio de Janeiro, o Vasco, com Valdir Bigode, abriu o placar logo aos oito minutos. No segundo tempo, o Cruzeiro conseguiu segurar o ímpeto do rival e empatou com gol de falta marcado por Paulo Roberto Costa. O lateral-direito teve a chance virar a partida, mas acabou desperdiçando um pênalti no fim do jogo. Nada que alterasse a situação do time celeste, que disputaria a final com o Grêmio.

Final

O Grêmio chegava forte para a grande decisão, com Dener e o artilheiro Gilson. O Cruzeiro, por sua vez, contava com a habilidade de Boiadeiro e a genialidade de Roberto Gaúcho.

A partida de ida foi no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Apesar da forte chuva que deixou o gramado encharcado, o Cruzeiro levava mais lances de perigo. Mas o principal lance foi construído pelo Grêmio, que quase abriu o placar com Dener. O meia perdeu uma chance incrível depois de entrar na pequena área e finalizar para fora. A partida terminou com o placar inalterado. O título da Copa do Brasil de 1993 seria decidido no Mineirão.

Às 21h45 daquele 3 de junho de 1993, a bola rolou para Cruzeiro e Grêmio no Gigante da Pampulha. Mais de 70 mil torcedores compareceram ao Mineirão e viram Roberto Gaúcho abrir o placar depois de um chute de fora da área, aos 11’ do primeiro tempo, em um françasso do goleiro Eduardo: 1 a 0. Depois do gol celeste, o Grêmio foi para cima e conseguiu o empate com Pingo, aos 25’. 1 a 1. Mas aos 20 segundos da etapa final, Cleisson subiu mais que os marcadores na área depois de cobrança de escanteio, e fez 2 a 1. Cruzeiro campeão da Copa do Brasil.

O artilheiro celeste nesse torneio foi Cleison, com seis gols.

FICHA DA FINAL
CRUZEIRO 2 x 1 GRÊMIO

Cruzeiro
Paulo César; Paulo Roberto, Robson, Célio Lúcio e Nonato; Ademir, Rogério Lage, Éder e Edenilson Pateta; Cleison e Roberto Gaúcho
Técnico: Pinheiro

Grêmio
Eduardo Heuser; Jackson, Paulão, Luciano e Dida (Charles, aos 14’ do 1ºT); Pingo, Jamir (Fabinho. aos 25’ do 2ºT), Juninho e Dener; Gilson e Carlos Miguel
Técnico: Sérgio Cosme

Gols: Roberto Gaúcho, aos 11’ do 1ºT, e Cleison, aos 0’ do 2ºT (Cruzeiro); Pingo, aos 25’ do 1ºT (Grêmio)

Cartões amarelos: Cleisson, Ademir e Roberto Gaúcho (Cruzeiro); Dener, Jamir, Charles, Fabinho e Jackson (Grêmio)

Público pagante: 70.723
Renda: Cr$ 11.023.125.000

Motivo: Partida de volta da final da Copa do Brasil
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Data e hora: quinta-feira, 3 de junho de 1993
Árbitro: Renato Marsiglia (RS)
Assistentes: Daniel Fernandes (SP) e Edie M. Detofoli (SP)

O que dizem os protagonistas do título?

Os ex-atacantes Cleisson e Roberto Gaúcho relembraram a data ainda nesse sábado. Por meio das redes sociais, os autores dos gols do título celebraram a primeira conquista do Cruzeiro na Copa do Brasil.

“Alô, nação azul. Tudo bem? Aqui é Cleisson, o Pantera! Neste domingo completam 25 anos da conquista da Copa do Brasil de 1993. Que emoção, hein? Graças a Deus fizemos história neste clube. E olha só, que jogão contra o Grêmio, hein? Mineirão lotado. Conseguimos o título. É muita emoção. O Roberto Gaúcho fez o primeiro gol, o Grêmio empatou, mas fui lá e fiz o gol de cabeça do título. Foi muito emocionante. Um abraço a todos. A todos os jogadores que participaram da campanha do título: parabéns! Parabéns, nação azul. Estamos juntos!” disse Cleisson.

“Alô, nação azul! Queria compartilhar o título de 1993, lembram? Mineirão estava lotado. Empatamos em Porto Alegre por 0 a 0, e ganhamos no Mineirão, com apoio da nação, por 2 a 1. Eu fiz o primeiro gol, o Grêmio empatou, e o Pantera (Cleisson) fez um golaço de cabeça após cruzamento do Paulo Roberto. Queria passar para vocês, pois está fazendo 25 anos (da conquista do título). Um abraço do RG11!”, celebrou Roberto Gaúcho.


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