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Em entrevista descontraída, Arrascaeta fala sobre história no Cruzeiro, ídolos no futebol, gols em clássicos e até culinária

Camisa 10 concedeu entrevista ao Bolívia Talk Show, do canal Desimpedidos

postado em 07/12/2018 22:52 / atualizado em 08/12/2018 17:15

O meia Arrascaeta, do Cruzeiro, concedeu entrevista descontraída ao quadro Bolívia Talk Show, do canal Desimpedidos. O conteúdo foi divulgado nessa quinta-feira no YouTube (assista acima).

Um dos temas abordados no bate-papo de quase 26 minutos foi sobre a história no Cruzeiro. Arrascaeta é o estrangeiro que mais vestiu a camisa do clube, com 188 jogos, e o recordista em número de gols, com 50. Ele foi campeão mineiro, em 2018, e da Copa do Brasil, em 2017 e 2018.

“Sim. Fiquei marcado por ter muitos jogos no Cruzeiro. Uma história muito importante pelos títulos que conquistei. Fiz gols. Acho que tenho uma história bacana nesse grande clube. Esperamos que venha mais”.

O início do uruguaio, porém, foi cercado de bons e maus momentos. Sua primeira temporada acabou sendo discreta, com apenas nove gols em 43 partidas. No ano seguinte, com melhor condicionamento físico, o craque deslanchou e contabilizou 14 gols e 17 assistências em 53 jogos.

“Eu jogava 30 partidas no ano e aqui (no Brasil) se joga 60, 70 partidas. Eu precisava ganhar massa e conhecer o futebol brasileiro. Quando cheguei aqui, o Cruzeiro havia sido bicampeão brasileiro, em 2013 e 2014. O clube vendeu muitos jogadores, aí chegaram jogadores novos, teve que formar um grupo novo”.

Arrascaeta, de 24 anos, começou a carreira no Defensor, do Uruguai. Quando adolescente, suas principais referências no futebol eram dois craques de renome internacional. “Gostava sempre do Riquelme, quando jogava no Boca. Como ele jogava e como fazia jogar seus companheiros. E também do Iniesta (ex-Barcelona e Seleção da Espanha, que atualmente joga pelo Vissel Kobe, do Japão)”.

Dos 50 gols de Arrascaeta pelo Cruzeiro, 14 foram em clássicos: oito contra o América e seis diante do Atlético. Na decisão do Mineiro de 2018, o meia fez o gol do revés cruzeirense por 3 a 1, no Independência, e marcou o primeiro da vitória por 2 a 0, no Mineirão. Por ter feito melhor campanha na fase classificatória, a Raposa faturou o título. “Fiz muitos gols neles. Na última final que decidimos, pude fazer dois gols de três. É um dos times que mais consigo fazer gols”, frisou o jogador.

Mesmo morando em Belo Horizonte há quase quatro anos, Arrascaeta ainda não se adaptou à gastronomia mineira. Tanto que contratou uma cozinheira para preparar comidas típicas do Uruguai nas refeições em sua casa. “Hoje tenho preferência pela comida uruguaia. Eu falo para a cozinheira que trabalha lá em casa: ‘você é brasileira, mas tem que aprender a cozinhar o que a gente comia lá (risos)’. Não me acostumei com feijoada, que aqui no Brasil se come muito”.

Veja outros pontos da entrevista:

Habilidade

“Eu jogava, quando menino, futebol de salão. Você pega mais habilidade, dá mais caneta, brinca mais. Depois tenta levar um pouco isso para o campo. Isso me ajudou bastante”.

Sonho de jogar na Europa

“Vontade sempre tem de jogar em um clube lá fora. É um sonho de menino jogar em alto nível na Europa. Mas, como falei, aqui no Cruzeiro me sinto em casa, é um clube que conheço bem, tem um grupo bacana, isso é fundamental. O carinho do torcedor também me motiva muito a ficar”.

Clássicos

“Os clássicos são diferentes. Lá no Uruguai os caras falam: se for campeão, tem que ganhar o clássico. Nós já temos uma mentalidade um pouquinho diferente. Às vezes há jogadores que, em clássicos, ficam mais reservados, tomam cuidado, entram para não perder. Então, nesses momentos às vezes é mais fácil de jogar, temos mais espaço para aproveitar”.

Gol mais bonito pelo Cruzeiro

“Creio que contra o América (voleio da entrada da área que valeu a vitória por 1 a 0 ao Cruzeiro, pela primeira fase do Mineiro de 2018). Sem dúvidas que seria um reconhecimento muito importante (Prêmio Puskás). Mas você compete contra grandes gols que acontecem no ano”.

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