Atualização:
Investidor interfere, e Conselho Gestor decide manter Adilson Batista no comando do Cruzeiro
Pela rescisão, o Cruzeiro não terá grandes prejuízos financeiros. O clube só precisará pagar o aviso prévio (um mês a mais de salário) ao treinador. Vale lembrar que a Raposa acumula débitos com os últimos quatro treinadores que passaram pela Toca da Raposa: Paulo Bento, Mano Menezes, Rogério Ceni e Abel Braga.
Adilson ainda não foi comunicado
No início da tarde desta quinta-feira, a assessoria de imprensa de Adilson Batista informou que o treinador não foi comunicado da demissão. Na imagem postada pelo jornalista Acaz Fellegger no Twitter, Adilson aparece almoçando com o diretor Ocimar Bolicenho, na Toca da Raposa II.
"Neste momento (13h39), o técnico Adilson Batista está almoçando na Toca da Raposa com membros da comissão técnica e diretores. Ninguém comunicou sua demissão. Ele está pronto para dar o treino".
Segunda passagem
Esta foi a segunda passagem de Adilson pelo Cruzeiro. Batista assumiu o cargo em 29 de novembro do ano passado e chegou com o objetivo de livrar o clube da queda para a Série B. Entretanto, o paranaense ficou longe de cumprir essa meta. Em três jogos sob seu comando no Brasileirão, a Raposa perdeu para Vasco (1 a 0), Grêmio (2 a 0) e Palmeiras (2 a 0).
Este ano, o Cruzeiro reformulou o seu elenco e não demostrou evolução em campo. Foram 11 jogos, com quatro vitórias (Boa Esporte, Villa Nova, Tupynambás e Uberlândia), quatro empates (América, São Raimundo-RR, Patrocinense e Boa Esporte) e três derrotas (Tombense, Atlético e CRB-AL).
No Campeonato Mineiro, o Cruzeiro é apenas o quinto colocado, com 14 pontos. O G4 é formado por América (18), Tombense (17), Caldense (17) e Atlético (15). Na Copa do Brasil, a equipe depende de uma vitória por três gols sobre o CRB, no dia 18, em Maceió, para ir à quarta fase. Triunfo por dois gols de vantagem levará a decisão da vaga para os pênaltis.
Mais que o modesto aproveitamento de 48,48% em 2020, pesou para a queda prematura de Adilson Batista, segundo o Núcleo, o futebol pobre apresentado pelo time até aqui. Diante do CRB-AL, no Mineirão, o Cruzeiro fez um dos seus piores jogos no ano. O placar de 2 a 0 saiu barato tendo em vista a supremacia dos alagoanos nos 90 minutos.
Adilson deixa o Cruzeiro ainda no começo de uma temporada cujo grande desafio é voltar à Série A. Sem grande orçamento, o clube deve recorrer a um acostumado a trabalhar com jovens valores e também com alguma experiência na Segunda Divisão.
Primeiro trabalho
Entre 2008 e 2010, Adilson Batista dirigiu o Cruzeiro pela primeira vez. Ele foi bicampeão mineiro (2008/2009) e vice da Copa Libertadores (2009). Em 170 partidas, ganhou 97, empatou 34 e perdeu 39, com 324 gols marcados e 193 sofridos.
Como jogador, Adilson vestiu a camisa azul entre 1989 e 1993. No período como zagueiro, sagrou-se campeão mineiro de 1990 e 1992 e das Supercopas de 1991 e 1992.
Reforços a estrear e ganho de experiência
Para o futuro treinador, a boa notícia é que há reforços a estrear. São os casos dos zagueiros Marllon e Ramon. O volante Jean, vindo do Palmeiras, jogou alguns minutos no clássico com o Atlético, mas ainda trabalha para atingir a melhor forma física.
O volante Ariel Cabral, de 32 anos, também poderá ser aproveitado usado nas próximas partidas. Ele ainda não estreou na temporada porque ficou um mês na Argentina resolvendo questões pessoais. Outra peça experiente do elenco, o meia Robinho, 32, voltou ao time contra o CRB, atuou no segundo tempo e ganhará minutos jogo a jogo.