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Lisca sonhou com convite do Cruzeiro em 2019 e não via hora ideal para Ceni: 'Era trabalho pro meu perfil'

Hoje no América, técnico de 47 anos sentia que tinha mais subsídios que Ceni para comandar reação do Cruzeiro no Brasileiro de 2019

postado em 09/07/2020 17:46 / atualizado em 09/07/2020 19:02

(Foto: Superesportes)
Com 30 anos de experiência no futebol, sendo 15 na base e 15 na categoria profissional, Lisca só recebeu o seu primeiro convite para trabalhar em Minas Gerais em janeiro, quando assumiu o América. Mas, em 2019, ele já estava atento ao mercado mineiro e vislumbrou um acerto com o Cruzeiro, que lutava contra o rebaixamento na Série A.

No começo de agosto, tão logo Mano Menezes deixou o Cruzeiro por entender que seu ciclo já havia se encerrado, Lisca pensou que seria o nome ideal para unir o elenco e comandar uma reação no Brasileiro.

Só que a escolha do então vice-presidente de futebol Itair Machado foi fechar com Rogério Ceni, nome valorizado pelo sucesso à frente do Fortaleza. À época, Lisca estava desempregado. Seu último trabalho havia sido no Ceará, até abril, quando perdera a final do Estadual.

Mesmo sem conhecer a fundo o que ocorria nos bastidores da Toca da Raposa II, Lisca sentia que, naquele momento, tinha mais subsídios que Ceni para ajudar o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro. 

“E te confesso, pô, quando foi trocar ali e eles convidaram o Ceni, eu achei que, de repente, era um trabalho pro meu perfil, né? Um cara que já está mais acostumado, que vai integrar todo mundo. O Ceni veio com uma outra opção, né, de reformulação naquela hora e não era o momento, na minha concepção. Não criticando ninguém, mas ali você não tinha como liberar jogador por questão contratual, questão financeira. O Cruzeiro estava muito atrapalhado”, disse Lisca.

Então, eu criei essa expectativa, mas não houve o convite já naquela primeira vez e daí rapidamente tirei da minha cabeça isso. mas não houve o convite do Cruzeiro não, nem do Atlético (em outra ocasião). A primeira vez agora, que eu tive o convite concreto (de Minas), foi do América”, contou Lisca em entrevista ao Superesportes.

À frente do Coelho, Lisca está invicto na temporada. Em 12 jogos, conquistou sete vitórias e cinco empates. No Estadual, o time é o líder, com 21 pontos, e único garantido nas semifinais. Na Copa do Brasil, passou por Santos do Amapá e Operário do Paraná. No primeiro duelo da terceira fase, ficou no 0 a 0 com a Ferroviária, em Araraquara. O clube mineiro aguarda a remarcação do jogo de volta, em BH.

Cruzeiro com Ceni, Abel e Adilson

Rogério Ceni comandou o time celeste em oito partidas na Série A de 2019, com quatro derrotas, duas vitórias e dois empates. O treinador ficou um mês e 15 dias no cargo, e acabou demitido em 26 de setembro por desgaste com parte do elenco.

Na reta final do Brasileiro, o Cruzeiro ainda foi dirigido por Abel Braga e Adilson Batista, mas nenhum deles conseguiu evitar o rebaixamento inédito à Série B.

Abel esteve à frente da Raposa em 14 partidas. Com ele, o time ganhou três jogos, empatou oito e perdeu três, com dez gols marcados e 11 sofridos. O aproveitamento foi de 40,7%. Já Adilson sofreu três derrotas nas três últimas rodadas do Brasileirão.

A entrevista

Lisca, técnico do América, concedeu entrevista exclusiva ao Superesportes e ao Estado de Minas. Na conversa, ele falou sobre o trabalho à frente do Coelho em 2020, a disputa da Série B, a reta final do Campeonato Mineiro, sua carreira e o futebol brasileiro. As reportagens serão publicadas ao longo dos próximos dias no portal e nas páginas impressas do EM.


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