Renato considerou a falta do zagueiro Alejandro Silva sobre o jogador gremista clara, mas questionou principalmente a atitude do chileno Júlio Bascuñan, que encerrou o confronto sem solicitar o auxílio do árbitro de vídeo para ao menos rever o lance. Irritado, o treinador usou uma metáfora envolvendo o nome do cantor norte-americano Stevie Wonder, que é cego, para classificar a postura da arbitragem.
"Acho que vocês viram ali. A única coisa que eu vou perguntar à Conmebol é o vídeo. É inadmissível, o árbitro estava a três metros do lance. Não estava encoberto por ninguém. O Stevie Wonder não precisaria do vídeo. Não vou falar mais de arbitragem, a única pergunta é: por que não foi usado o árbitro de vídeo? Eu quero que vocês façam essa pergunta, por que não foi usado? Aliás, nem precisa de vídeo neste lance", frisou Renato em entrevista coletiva após o jogo.
O treinador do time tricolor gaúcho também reclamou dos critérios utilizados pelo chileno Júlio Bascuñan na distribuição de cartões amarelos durante o duelo, especialmente em relação à punição aplicada ao zagueiro Kannemann devido a uma disputa dentro da área com o defensor Rolando García, do Lanús.
"Ele (árbitro) aproveitou para dar cartão ao Kannemann porque ele (adversário) já tinha. Nem o adversário merecia o cartão amarelo, o Kannemann menos ainda. Espero que, na Argentina, tenhamos uma arbitragem bem diferente", complementou Renato Gaúcho, projetando a segunda partida da final da Libertadores, marcada para a quarta-feira que vem, em Lanús, que fica na Grande Buenos Aires.
Por ter vencido o primeiro duelo, o time brasileiro chegará ao tricampeonato da principal competição continental (já faturou a taça em 1983 e 1995) se ao menos empatar com a equipe argentina. Uma vitória por apenas um gol de diferença do Lanús levará a decisão para os pênaltis, independentemente do número de bolas na rede que ocorrerem no confronto, pois o critério do gol fora de casa com maior peso para efeito de desempate não é aplicado na final do torneio.