
Tais números provocavam euforia e a expectativa de que na Olimpíada o país seria outro. Mas isso não aconteceu. Agora, o COB traçou como meta que o Brasil esteja entre os 10 primeiros colocados. Para isso, estima-se que seriam necessárias de 27 a 30 medalhas. Mas de onde elas viriam? Quais as chances do esporte brasileiro? Quantas medalhas de ouro seriam necessárias? Nas quatro últimas edições olímpicas, em Sydney’2000, a Inglaterra ficou na 10ª posição, com 11 medalhas; em Atenas’2004, novamente os britânicos, com nove; em Pequim’2008, a França, com sete; mesmo número da Austrália em Londres’2012.
O que esperar do Brasil no Rio'2016
Principais expectativas
Basquete masculino
O técnico Rubén Magnano escalou um Time B. Não utilizou nenhum dos nove jogadores que atuam na NBA. Um dos objetivos era observar jogadores que pudessem completar o grupo principal. Cinco se destacaram: o armador Rafael Luz, o escolta (joga tanto como armador como ala, para as saídas de bola) Benite, e os pivôs Augusto Lima, J.P Batista e Hettsheimer.
Basquete feminino
O técnico Zanon utilizou as jogadoras principais, à exceção de Iziane. O time, porém, mostrou-se frágil e teria que evoluir muito, principalmente se o país não tiver a vaga direta e precisar disputar o Pré-Olímpico.
Canoagem de velocidade
Isaquias Queiróz é o atual campeão mundial e com as duas medalhas de ouro e uma de prata no Pan, vencendo EUA e Canadá, considerados potências neste esporte, torna-se um candidato em potencial ao pódio.
Futebol
O time feminino é visto como virtual candidato ao ouro. O masculino, no entanto, tornou-se uma incógnita, principalmente porque o ouro olímpico é o único título que falta ao Brasil.
Handebol
O time feminino é o atual campeão mundial e um dos favoritos ao título olímpico. O time masculino ainda tem muito o que evoluir.
Ginástica artística
Arthur Zanetti (foto) é favorito ao ouro no Rio'2016. É o atual campeão olímpico e mundial e agora conquistou o título pan-americano.
Judô
Tornou-se o carro-chefe do esporte brasileiro. No Pan, conquistou 13 medalhas em 14 possíveis. Para a Olimpíada, o cálculo inicial era de seis medalhas conquistadas, mas depois dos últimos resultados a expectativa subiu para oito. Hoje, o país tem nada menos que cinco judocas entre os 10 melhores em categorias: Rafael Silva (líder da pesado), Sarah Menezes (ligeiro), Érika Miranda (meio-leve), Rafaela Silva (leve) e Mayra Aguiar (meio-pesado). Sendo que Sarah é a atual campeã olímpica e Rafael, foi bronze em Londres'2012.
Hipismo
Com Rodrigo Pessoa, Álvaro Affonso de Miranda Neto, o “Doda”, e o mineiro Bernardo Alves, mais um nome a ser escolhido, o Brasil é um virtual candidato, tanto ao pódio individual como por equipes. A preocupação é com relação aos cavalos. Por isso, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sugere que cada cavaleiro tenha duas montarias preparadas.
Vôlei
O país é candidato a quatro medalhas nesta modalidade, sendo duas na quadra e duas na praia. Para o Pan, na areia, o país mandou jogadores que são considerados nível 4. Já na quadra, tanto José Roberto Guimarães como Bernardinho formaram dois grupos para as disputas da Liga Mundial, Grand Prix e Jogos Pan-Americanos. Apesar disso, esteve no pódio nas quatro disputas. Utilizaram as competições como laboratórios.
Natação
Com o time completo, com César Cielo, Thiago Pereira, João de Lucca, Marcelo Chiereghini, Felipe França, Etiene Medeiros, mais os revezamentos 4x100m livre e medley masculino e no primeiro no feminino, o COB entende que é um dos carros-chefes do Brasil para a Olimpíada.
Pentatlo moderno
A pernambucana Yane Marques é uma das três melhores do mundo hoje.
Atletismo
O atletismo é o esporte que mais ganhou medalhas para o Brasil nos Jogos Olímpicos: 35. No entanto, o esporte anda em baixa. Existe uma única certeza, com Fabiana Murer, no salto com vara, principalmente porque a participação da russa Yelena Isinbayeva nos Jogos é dúvida, por ela ter tido uma filha recentemente. Ainda não voltou a treinar. Assim, a maior ameaça ao ouro seria a cubana Yarislei Silva. A preocupação maior é com o atletismo de pista, já que os atletas brasileiros estão longe dos bons resultados. Segundo Marcos Vinicius Freire, gerente-executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), haverá uma reunião com membros da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para tratar do problema.