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GRAND PRIX

Zé Roberto vê EUA como candidato ao ouro e cita 'lição' para Londres

Treinador espera evolução do Brasil na sequência do Grand Prix

postado em 17/06/2012 19:09 / atualizado em 17/06/2012 20:18

FIVB
Atual campeã olímpica, a Seleção Brasileira se prepara para defender o título nos Jogos de Londres-2012. Derrotado pelos Estados Unidos na tarde deste domingo, o técnico José Roberto Guimarães coloca o algoz como candidato ao lugar mais alto do pódio na Inglaterra e espera que a o time nacional aprenda com revés pelo Grand Prix, em São Bernardo do Campo.

“Os Estados Unidos têm uma equipe que é parâmetro para o mundo. Sem sombra de dúvida, é o melhor disparado. É um time extremamente forte, um candidato fortíssimo ao ouro. Se não chegarmos perto do volume que os Estados Unidos têm hoje, vai ser muito difícil, e eles não vai cair de nível até Londres”, declarou.

A pouco mais de um mês para o início das Olimpíadas, Zé Roberto, admirador da norte-americana Destinee Hooker, ex-jogadora do Osasco, coloca apenas os Estados Unidos em um patamar acima das demais equipes – a Itália também preocupa o comandante brasileiro.

“O que chamou a atenção na final da última Superliga foi que uma jogadora americana marcou 20 pontos. Na época, eu já disse que isso me preocupava. A Hooker é uma das três melhores atacantes do mundo, se não for a melhor. O problema é que ela é americana”, afirmou o brasileiro.

A exemplo que havia feito após a vitória por 3 sets a 2 sobre a Itália na noite do último sábado, Zé Roberto lamentou o excessivo número de erros cometidos pela Seleção Brasileira, algo fatal diante de um adversário com alto índice de acerto como os Estados Unidos.

“Nós cometemos um número muito maior de erros que o time americano, mas ou menos na proporção de 3 para 1. É um time que está errando pouco e bem equilibrado em todas as suas posições. Elas estão se organizando muito rápido em relação ao bloqueio e defesa. Quando você faz essa transição rápida, cria dificuldade para o adversário”, disse.

A Seleção chegou a vencer no primeiro set e mostrou um jogo que agradou Zé Roberto, mas foi completamente dominada nas duas parciais seguintes, reagindo apenas no último período, quando contou com intenso apoio dos torcedores em São Bernardo do Campo.

“O problema é manter uma constância, ainda estamos oscilando muito, diferentemente daquele momento que vivemos antes de Pequim, quando errávamos muito pouco”, disse o técnico, que apontou falhas no passe e viu dificuldades com o saque dos Estados Unidos, especialmente o viagem.

Apesar da postura crítica em relação á própria equipe, Zé Roberto sentiu uma evolução durante os três jogos da etapa brasileira do Grand Prix, contra Alemanha, Itália e Estados Unidos. Após a derrota diante das norte-americanas, ele espera que seu time seja capaz de evoluir.

“Para aprender com as derrotas, você tem que ser muito maduro e ver o que o time adversário tem de importante para tentar se aproximar. Se nós aprendermos com isso, acho que ainda temos muito a evoluir. Foi importante ter jogado com elas agora e fica uma grande lição para as Olimpíadas”, declarou.

Com 11 pontos ganhos, a Seleção Brasileira ocupa apenas a sexta colocação do Grand Prix, liderado pelos Estados Unidos. Depois de cair diante dos Estados Unidos, Zé Roberto selecionará 16 atletas para viajar à China, sede da próxima etapa do campeonato e da fase final, para a qual se classificam os cinco primeiros, além das anfitriãs.

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