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Vice-campeãs mundiais, jogadoras do Minas retomam Superliga com o título na mira

Time mineiro volta à disputa nacional já no próximo sábado

postado em 13/12/2018 15:52

Jair Amaral/EM/D.A Press
Mal voltaram da China, onde foram vice-campeões mundiais de vôlei feminino, as jogadoras do Minas e o técnico do time, o italiano Stefano Lavarini, voltam a se concentrar num novo objetivo: a Superliga, título que as jogadoras do clube não conquistam desde 2002.

Na decisão da competição chinesa, as minastenistas perderam o título para o Vak%u0131fBank, da Turquia, por 3 a 0. O time mineiro voltou a treinar já nesta quinta-feira, um dia depois de retornar ao Brasil. No sábado, a equipe volta a jogar pela competição nacional, enfrentando o Camboriú, em Santa Catarina.

Ser campeão brasileiro, segundo a diretora de vôlei feminino do clube, Keyla Monadjemi, é o primeiro passo para voltar ao Mundial e seguir na busca pelo título que falta ao clube. “Conquistar a Superliga terá um duplo sentido, pois além de voltarmos a ser campeãs nacionais, valerá a classificação para o Sul-Americano, que por sua vez leva o campeão ao Mundial.”

O Minas tratou o vice-campeonato mundial como uma conquista, tanto que nesta quinta-feira as jogadoras e membros da comissão técnica foram reverenciados e homenageados no clube. “O Minas está orgulhoso do desempenho das meninas. Não jogaram contra times, mas sim contra seleções mundiais. O Eczacibasi, adversário da semifinal, a quem vencemos, tem uma folha altíssima, muito acima do que nosso time custa. Pois elas foram heroínas e mantiveram uma tradição do Minas. Não podemos esquecer que o Minas participou de todas as competições nacionais desde que elas começaram, ou seja, ainda na Taça Brasil, que veio antes do Campeonato Brasileiro, Liga e Superliga”, disse Sérgio Bruno Zech Coelho, presidente do Conselho Deliberativo do clube.

Keyla ainda ressaltou que a medalha de prata veio num momento difícil da equipe. “No início da temporada, perdemos o patrocinador principal, a Camponesa. Mas conseguimos, graças ao empenho de toda a diretoria do clube, manter a equipe competitiva com as jogadoras que já estavam aqui, como Carol Gattaz, Macris, Mara, Léia, e ainda trouxemos Gabi e Natália. Conseguimos dar continuidade a um projeto que começou há quatro anos.”
Jair Amaral/EM/D.A Press

O treinador ressaltou a força de sua equipe. “Nosso time fez o que foi possível. No vôlei tem o dia bom e o dia ruim. Na final, não era nosso dia. Mas temos de ver que o investimento lá na Europa é muito grande. Para se ter ideia, a folha do Eczacibasi, por exemplo, é de 13 milhões de euros. É uma seleção mundial. E é muito interessante o que só se vê aqui no Brasil, o sentimento das jogadoras e jogadores transforma a todo. Existe aqui o orgulho de jogar pelo time e pela pátria. Os outros times tinham jogadoras de outros países. No nosso, todas são daqui.”

Esse sentimento é endossado por todas as jogadoras, em especial por Gabi. “Eu sou nascida aqui, em Belo Horizonte. Sempre ouvi falar no Minas. Quero ser campeã aqui. Queria muito que tivesse sido nessa competição. Mas não era a única. Ainda há muito para conquistar. Não só eu, mas todas as minhas companheiras desejam muito ser campeãs aqui, de todas as competições.”

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