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FÓRMULA 1

Planejada para 2021, mudança no regulamento da F1 pode ser adiada

Dirigente se mostrou otimista em relação à questão financeira para mudança

postado em 23/08/2018 11:12 / atualizado em 23/08/2018 12:21

AFP / ANDREJ ISAKOVIC
Até então programada para ocorrer em 2021, a mudança no regulamento dos motores da Fórmula 1 pode ser adiada. Pelo menos é o que admitiu o diretor esportivo da categoria, Ross Brawn, diante do espantamento de potenciais novas fornecedoras, como Porsche, Aston Martin e Cosworth, frente à pressão dos atuais fabricantes em manter sistema de recuperação de energia vindo dos gases expelidos pela própria unidade (MGU-K), a fim de impedir a adoção de motores mais barulhentos e baratos.

"Queremos criar um pacote de regras técnicas para o motor que sejam apelativas a novos fabricantes virem, assim como consolidem nossos atuais fornecedores. E penso apenas que devemos olhar o tempo para isso, ou se é melhor manter até que possamos ter certeza de que uma grande mudança de regulamento trará sangue novo ao esporte", afirmou o dirigente, em entrevista concedida em Spa-Francorchamps, na Bélgica, local onde será disputada, a partir desta sexta-feira, a 13ª etapa do Circuito Mundial.

Brawn também apontou para a necessidade de implantar mudanças nos motores de modo a transformar o lado esportivo da competição. Limites no tempo de teste do dinamômetro, número de atualizações durante uma temporada e consistência de especificação para todas as equipes de clientes foram medidas citadas pelo britânico, que afirma que o momento é de "revolução ou evolução" dos exemplares.

Já em relação à questão financeira e aos orçamentos disponíveis a cada equipe da Fórmula 1, o dirigente se mostrou otimista, indicando que este sim deve ocorrer em 2021. Como o mesmo afirma, o projeto de criação de um mecanismo que estabeleça um teto de custo similar entre as escuderias, com o objetivo de diminuir o domínio e a hegemonia de umas sobre as outras, será apresentado em 2019 e 2020, e, na sequência, regulamentado em 2021.

"A boa notícia é que, com a (Federação Internacional de Automobilismo) FIA e em consulta com as equipes, estamos progredindo bem nas iniciativas econômicas. O trabalho sobre o mecanismo de um teto de custos está indo bem. No momento, estamos olhando para apresentá-lo em uma forma flexível, em 2019 e 2020, e então ele se tornará regulatório em 2021. Diria que, salvo algumas discussões de última hora, está praticamente finalizado agora", finalizou.

O Grande Prêmio da Bélgica tem início nesta sexta-feira, com a realização dos primeiros treinos livres na pista de Spa-Francorchamps. No sábado, mais um treino livre será realizado antes do treino qualificatório, que definirá o grid de largada para a corrida. Esta, por sua vez, acontecerá no domingo, a partir das 10h10 (no horário de Brasília).

 

 

 

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