BOLA MUNDI

The Best sem Messi? Esquece...

E que o prêmio Bola de Ouro, concedido pela France Football desde 1956, repare, em dezembro, toda essa insanidade

postado em 06/09/2018 11:17

AFP / LLUIS GENE
Assim que divulgou a lista dos finalistas ao prêmio The Best, com Cristiano Ronaldo, Modric e Salah, a Fifa foi alvo de críticas: afinal, como pôde deixar Messi (foto) de fora pela primeira vez nos últimos 12 anos? Cegueira? Esnobismo? Loucura? Na verdade, há muito por trás dessa ausência.

A começar pelo processo de escolha. No início de julho, a Fifa anunciou que anteciparia o prêmio para setembro (não mais em dezembro), com a votação sendo aberta uma semana após o término da Copa da Rússia. O peso foi dividido entre jornalistas, torcedores, técnicos e capitães de seleções. Muitos talvez não tenham se tocado que o prêmio se refere à temporada...

É fato que a Argentina teve péssima campanha no Mundial. Mas o Egito foi eliminado na primeira fase e Portugal também não teve vida longa. Por este ângulo, Modric, eleito melhor da Copa, estaria à frente dos demais. Assim, o que pesou contra Messi foi a Liga dos Campeões. Enquanto o Barça caiu nas quartas, Real Madrid e Liverpool fizeram a final.

Mas que culpa ele tem de carregar nas costas um Barcelona de elenco enfraquecido? Ainda assim, com o brilho de sempre, 45 gols (Salah e CR7 fizeram 44) e 18 assistências (14 do egípcio e oito do lusitano), Messi levou a equipe aos títulos da Copa do Rei e do Espanhol. Fica a impressão de que o sucesso local já não conta mais para ele. Mesmo que tenha sido o jogador mais eficaz entre as principais ligas europeias.

Penso que o The Best tinha que premiar não só quem ganha mais troféus (Salah não ergueu nenhum), mas, principalmente, quem eleve sua equipe a níveis que não chegaria sem ele. É o caso de Messi, desde sempre. Foi sob sua batuta que o Barça ergueu quatro de suas cinco ‘orelhudas’. Então, só lhe resta ganhar mais uma. E não duvide de que, aos 31 anos, ele é capaz.

Mesmo fora da cerimônia da entrega do prêmio, dia 24, para mim, Messi segue um dos melhores do mundo. E que o prêmio Bola de Ouro, concedido pela France Football desde 1956, repare, em dezembro, toda essa insanidade.

Liga das Nações

Enquanto a Seleção Brasileira inicia o novo ciclo sob comando de Tite enfrentando Estados Unidos e El Salvador (!), as equipes europeias começam a disputa da Liga das Nações, novo torneio promovido pela Uefa que envolverá os 55 países do continente, divididos em quatro ligas de quatro chaves cada, de acordo com o coeficiente da própria Uefa. E, para aumentar a competitividade, haverá até rebaixamento entre as ligas... Assim, cada partida será importante. Pra completar, haverá quatro vagas em jogo para a Eurocopa 2020.

Só na espera

Líder do Italiano com 100% de aproveitamento, a Juventus volta a campo sábado, pela quarta rodada, para encarar a surpresa Sassuolo, vice-líder da competição. A ansiedade é toda pelo primeiro gol de Cristiano Ronaldo, que já amarga cinco jogos sem balançar as redes (dois pela Seleção Portuguesa e três pela Juve), seu maior jejum em 2018. As casas de apostas é que estão adorando todo esse suspense...

Quem diria...

Se há alguns anos alguém afirmasse que o Watford entraria em campo como favorito para enfrentar o Manchester City, seria acusado de louco ou, no mínimo, desinformado. Pois é o que se apresenta agora. Surpresa neste início de competição com 100% de aproveitamento (12 pontos), o Watford recebe os Red Devils no sábado e quer complicar ainda mais a vida dos comandados de Mourinho, que ocupam apenas o 10º lugar (6 pontos). Outro jogo que chama a atenção é o duelo entre Tottenham e Liverpool, que também ainda não perdeu nem um ponto sequer...

De olho

Dávid Hancko
Chamado na Eslováquia de “o novo Maldini”, o zagueiro Dávid Hancko, de 20 anos, começou em equipes pequenas do país. Após atuar pelo time B do Zilina, estreou como profissional em março de 2016. Com agilidade, segurança, boa impulsão (1,88m), fez três gols em 35 jogos. Cogitado por clubes espanhóis e ingleses, se transferiu em julho para a Fiorentina. Na seleção desde o Sub-17, agora terá que superar a concorrência interna com o italiano Biraghi, o brasileiro Vítor Hugo, o argentino Pezzella e o sérvio Milenkovic para convencer o técnico Stefano Pioli de que merece a vaga de titular.

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