Copa do Mundo

COPA DO MUNDO

Assim como no Brasil, churrasquinho é uma das opções mais populares em Moscou

Comida atravessa fronteiras e está presente na Rússia, sede da Copa

postado em 19/06/2018 07:31 / atualizado em 19/06/2018 11:21

PAULO GALVÃO / EM DA PRESS

Moscou – O churrasquinho pode mudar de forma, o tempero pode variar, o preço também. Mas ele atravessa fronteiras e está presente na Rússia, sede da atual Copa do Mundo. Como no Brasil, é uma das opções mais pedidas pelos torcedores, que entre a festa, o entusiasmo e os jogos, têm tempo reduzido para uma refeição mais robusta.

Na Praça da Revolução, no Centro de Moscou, que concentrou torcedores no período em que a Praça Vermelha esteve fechada, há muitas barracas instaladas. Ao menos quatro delas se dedicam a vender a carne de porco assada na brasa. Uma das diferenças é que os pedaços são maiores, assim como o próprio espeto, feito de metal. A porção tem 100g.

No mais, trata-se do autêntico espetinho tão familiar a todos os que frequentam estádios. Mas sem a origem duvidosa de muitos comercializados na porta das arenas Brasil afora.

“O preço é bom e o gosto também. Até porque, sempre tem um tempero que ajuda: a fome”, brinca o potiguar Misael Barreto, que pagou cerca de R$ 13 na porção e aprovou.

A mesma opção fez o paulistano Rodolfo Pereira. Ele chegou a Moscou na sexta-feira e diz que esse tipo de comida é que permite que os torcedores sigam se divertindo por horas. “Para falar a verdade, hoje é que estou tendo tempo de comer. Antes foi só festa”, diz ele.

Mas, como em terras brasileiras, na Rússia o churrasquinho não reina só. Em Moscou, uma das mais fortes concorrentes é a coxa de peru, pouco difundida no Brasil. Também feita na brasa, ela chama a atenção pelo tamanho, mesmo quando é classificada como pequena – há a versão grande, um pouco mais cara.

Desde a semana passada, é sempre comum ver filas nos lugares onde são oferecidas. Já tradição entre russos e outros povos do Leste Europeu, caíram nas graças dos torcedores, que não se acanhavam em pegar o alimento com a mão e dar dentada sem dó – alguns, mais tímidos, pediam para que a porção fosse cortada, facilitando o consumo com os talheres de plástico que são disponibilizados em todas as barracas.

“Pensei que íamos sofrer para comer aqui, mas não, estamos comendo muito bem, inclusive na rua, como é o caso hoje”, argumenta o peruano Francisco Córdoba, que estava acompanhado da mulher, Marta Silva, de família brasileira, da filha, Luciana Francesca, e do amigo Roberto Mendoza.

Ele elogia os preços praticados no local. Afinal, em restaurantes localizados na mesma praça pagariam o dobro por quantidade parecida de comida. “Estamos adorando”, afirma, ao avaliar como justos os cerca de R$ 20 pagos pelo grande pedaço de ave servido.
PAULO GALVÃO / EM DA PRESS

Para acompanhar a coxa de peru muitos pedem uma espiga de milho cozida. Trata-se de outro clássico da comida de torcedor. Assim como o tradicional cachorro-quente. No caso da Praça da Revolução, a salsicha servida é do tipo alemã, mais comprida do que a que estamos acostumados em terras brasileiras.

Na Praça da Revolução, há outras ofertas menos concorridas. Entre elas, as tortas russas. E ainda a perna de cordeiro, que custa mais de três vezes o valor do churrasco de porco, o que ajuda a entender os motivos de normalmente não haver filas para a compra.

Para acompanhar a comida, a opção normalmente é água, refrigerante ou a cerveja. Se for a escolha sem álcool, não há problemas, todos os lugares que vendem alimentos costumam oferecê-la. Porém, para aquela ‘gelada’, é preciso se esforçar.

Nos dois bares-restaurante que funcionam na Praça da Revolução é possível comprar cerveja em copos descartáveis. Os preços variam um pouco. Outra opção é buscar um dos supermercados da região, onde é possível economizar bastante. Não é permitido beber em locais públicos na Rússia, mas a polícia tem sido complacente com os turistas neste período de Copa do Mundo.

FAST FOOD Quando se vê tanta gente buscando a comida para se alimentar nas ruas, a constatação seria de que não há muitas opções por perto no Centro de Moscou. Mas isso não é verdade. As cadeias mundiais de fast food estão todas presentes no local e normalmente ficam cheias, ainda que mais de locais e turistas comuns que de gente com a camisa de clubes ou países de preferência.

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