Copa do Mundo

COLUNA DO RENAN

Quatro verdades e um mito sobre os russos

Constatações e curiosidades sobre comportamento dos anfitriões da Copa

postado em 05/06/2018 09:03 / atualizado em 05/06/2018 21:44

Renan Damasceno/EM/D.A Press

Enviado especial a Moscou


Moscou - Há alguns dias na Rússia, para a cobertura da Copa do Mundo, vi um mito cair por terra e confirmei outras expectativas sobre o cotidiano e comportamento dos russos. Por isso, resolvi elencar, nos parágrafos abaixo, quatro constatações e o fim de um estereótipo que vai surpreender muitos turistas durante o Mundial.

Metrô – Não importa o quanto você planeja: é inevitável não se perder no metrô de Moscou, especialmente nas estações centrais, com o encontro de mais de uma das 12 linhas. Inaugurado em 1935, por Joseph Stálin, o metrô da capital é o sexto mais extenso do mundo, com quase 350 quilômetros, interligando mais de 200 estações. Para piorar, a maior parte das placas é no alfabeto cirílico, sem o correspondente no alfabeto romano. Mas não tem problema: se perder um trem, não demora mais que 2 minutos para chegar o seguinte.

Idioma –
Os russos falam muito pouco inglês. Mesmo em alguns serviços básicos para turistas, como casas de câmbio, lojas de telefonia e hotéis, é muito difícil se comunicar fora da língua local. Fora das cidades-sedes, ao reservar um hotel, é comum receber um aviso para se comunicar com os atendentes apenas em russo.

Bebidas – Pensava que era um mito até um russo, a duas poltronas de distância, no voo entre Lisboa e Moscou, beber meia garrafa de champanhe – e discutir com as aeromoças que atentavam para a proibição. Segundo dados da OMS, divulgado em 2014, a Rússia ficou em quarto lugar no ranking de maiores consumidores de bebidas alcoólicas, atrás dos vizinhos Bielorrúsia, Moldávia e Lituânia.

Trânsito caótico – É melhor se perder no metrô do que encarar o trânsito de Moscou no horário de pico. Em cruzamentos sem sinal, não há muita cerimônia: ninguém para para dar passagem para outro veículo ou pedestre.

Um mito: russos são frios – Desde que cheguei a Moscou, não houve uma situação em que os russos não se esforçaram muito para ajudar. Por causa da barreira do idioma, costumam anotar os preços em papéis para ajudar, quem sabe um pouco de inglês faz questão de traduzir ao primeiro sinal de desentendimento. Sem contar a satisfação ao ouvir a palavra “Brazilya” depois de perguntar de onde sou.

Tags: copa2018