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CONEXÃO RÚSSIA

Cor brasileira no templo russo da dança

"A poucos metros do Bolshoi, o grafite de um artista do Brasil colore os muros"

postado em 09/06/2018 08:00 / atualizado em 15/06/2018 19:41

Renan Damasceno/Superesportes
Em meio a tantos prédios grandiosos, estátuas e obras de arte que contam mais de mil anos da história russa, um detalhe brasileiro pode passar facilmente despercebido pelos torcedores do país que começam a desembarcar em Moscou para a Copa. A poucos metros do Teatro Bolshoi, em frente ao nº 16 da rua Bolshaya Dmitrovka, o grafite de um artista do Brasil colore os muros cinzas da capital russa (foto).

É o grafite A Bailarina, do paulistano Kobra, uma imponente arte de rua na região de Tverskaya, em Moscou, conhecida pelos teatros tradicionais. As cores fortes da imagem, pintada em 2013, contrastam com a sisudez das construções do entorno.

Eduardo Kobra é um dos muralistas mais conceituados do mundo e tem relação estreita com esporte. Nos Jogos Olímpicos do Rio'2016, ele bateu o recorde mundial de maior mural grafitado do mundo, com Etnias, com 2,5 mil metros quadrados, no Rio. Ele bateu seu próprio recorde, no ano seguinte, ao pintar mais de 5,7 mil metros quadrados da Rodovia Castello Branco, em São Paulo.

O grafite foi inspirado na imagem da bailarina Maya Plisetskaya, morta em 2015, aos 89 anos, enquanto ela executava um ato de O Lago dos Cisnes, balé dramático do compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovsky. Plisetskaya ficou conhecida como a “prima ballerina assoluta” do Teatro Bolshoi, a conceituada academia de balé, motivo de orgulho para os russos.

O Bolshoi foi fundado em 1776 e o teatro de mesmo nome, sede da academia, foi inaugurado em 1825 e é um dos pontos turísticos mais visitados de Moscou. A única extensão estrangeira da renomada academia de balé fora da Rússia fica em Joinville, em Santa Catarina.

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