Copa do Mundo

CONEXÃO RUSSA

Da surpresa ao fascínio

postado em 14/06/2018 08:03

Paulo Galvão/EM/D.A Press

Enviado especial


Moscou - Um skatista sendo puxado ladeira acima por dois huskys siberianos. Três jovens tocando percussão em praça no Sudeste de Moscou. Mercado com uma infinidade de peixes, frutos do mar e embutidos a preços bem razoáveis para o padrão brasileiro. Um executivo indo trabalhar de patinete. Amanhecer às 3h. Anoitecer às 21h. Parques infantis (foto) nas áreas entre grandes prédios, que são bastante arborizadas. Pessoas andando tranquilamente em ruas escuras. Mendigo brigando com um muito bem cuidado cachorro na entrada de estação de metrô. Escadas rolantes gigantescas e muito íngremes para acessar as plataformas de embarque do transporte público. Pouca gente falando, ou falando baixo, nas ruas e trens. Pessoas com olhos muito expressivos.

Moscou é surpreendente desde que aqui pisei, na noite de segunda-feira (horário brasileiro). Há frieza aparente, desmistificada no primeiro contato com os locais, que se mostram bastante receptivos, mesmo que a maioria não fale nenhum outro idioma além do russo.

Os oficiais de segurança, inclusive do metrô, são carrancudos, como deviam ser nos tempos da cortina de ferro. Mas são extremamente educados na abordagem, mesmo quando não se está com a credencial de imprensa da Copa do Mundo.

E as cinco letras que formam a palavra Brasil parecem ter poder encantador. É só dizê-las para que todos abram sorrisos e perguntem se a Seleção Canarinho vai ganhar o Mundial mais uma vez.

Que a Rússia continue me fascinando. Afinal, a Copa faz isso a cada quatro anos desde que me entendo por gente.

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