“Está um domingo normal, o Mundial não muda nada aqui”, diz Maria, moradora de Taganska, bairro residencial a leste da Praça Vermelha, cheio de prédios longos e baixos, compostos por quatro ou cinco portarias, cada uma delas levando a quatro ou cinco andares, que por sua vez têm quatro apartamentos cada. Não há elevador e, no que tenho acesso, a manutenção das áreas comuns deixa a desejar – as edificações datam dos anos 1940/1950.
Entre os prédios, há áreas arborizadas, que servem de estacionamento e de espaços de lazer. Lá, os vizinhos costumam se reunir nos fins de semana para conversar, passear e até comer e beber.
E existem muitos parques por toda a cidade. Num dia como o de ontem, com a temperatura chegando a 24º C, muitas pessoas colocam biquínis e calções e aproveitam o sol. Há até quem arrisque mergulho, como fizeram dois garotos de bicicleta ao passarem no pequeno lago localizado ao lado ao Monastério de Novospasskiy. Não se importaram com a placa proibindo nadar. Pareciam não se importar também com a Copa do Mundo que está sendo disputada no país.