Copa do Mundo

CONEXÃO RÚSSIA

Canarinho Pistola e uma torcida sem pantufas

A delegação brasileira se rendeu à energia da torcida

postado em 27/06/2018 07:00 / atualizado em 27/06/2018 11:57

Renan Damasceno/EM/D.A Press

Existe um esforço muito grande por parte da torcida brasileira em se mostrar mais competitiva e calorosa na Rússia. Diferentemente das duas competições no Brasil, em 2013 e 2014, quando até papéis com alternativas de letras de músicas foram distribuídos nos estádios, os brasileiros já desembarcaram em solo russo com cantos prontos e a mudança radical obrigou a Seleção Brasileira a alterar a rotina.

Depois de entrar nos hotéis de Rostov do Don e São Petersburgo por uma porta lateral, frustrando os fãs que aguardavam, a delegação brasileira se rendeu à energia da torcida na chegada ao Renaissance Monarch, em Moscou, segunda-feira. A CBF pediu à FIFA para mudar o protocolo de segurança, que orienta a chegada dos ônibus por entrada alternativa.

O que se viu na capital russa foi um clima mais de clube, com fogos, bandeiras e músicas ensaiadas, longe daquele clima água com açúcar de “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Os jogadores e comissão técnica aprovaram e fizeram questão de entrar com calma, acenar para o público e tirar fotos da festa.

Foi em São Petersburgo que a comissão técnica do Brasil percebeu que poderia usufruir melhor da energia. Como ficou em uma região mais central, os torcedores se juntaram no Hotel Corinthia e protagonizaram uma correria até a rua de trás, quando souberam da chegada do time.

O esforço brasileiro vai de encontro com a popularidade do Canarinho que, em razão das sobrancelhas arqueadas, recebeu o apelido de Canarinho Pistola. Parece que, a qualquer momento, a mascote está prestes a dar um esporro em Tite, nos jogadores ou nos torcedores. Segunda-feira, ele foi tão tietado quanto os atletas e protagonizou uma cena curiosa ao quase ser “preso” pela segurança que o confundiu com algum torcedor uniformizado.

Claro que o Brasil ainda está longe das torcidas mais calorosas, como da Argentina ou da Inglaterra. Mas as músicas e a batucada na Rússia são um grande passo para abandonar de vez as pantufas.

Tags: copa2018 futnacional futinternacional selefut