BOA ESPORTE

Boa vence em Pernambuco, afasta perigo e instala crise no Náutico

postado em 20/07/2014 10:03

 Paulo Paiva/DP/D.A Press

Na zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro durante toda a Copa do Mundo, o Boa já pode respirar aliviado. Neste sábado, o time dominou o Náutico, que só aumentou sua intensidade após ser vaiado no intervalo na Arena Pernambuco, e alcançou a segunda vitória consecutiva ao fazer 3 a 1.

A equipe mineira envolveu os anfitriões e, aos cinco minutos, Marinho Donizete aproveitou erro de Rafael Cruz para abrir o placar. Aos 23, Tomas acertou chute de longe e motivou as vaias ao clube pernambucano. Disposto a mudar o panorama, o Timbu iniciou bem o segundo tempo e descontou com Tadeu, em cobrança de pênalti, aos três, mas Diego pôs fim a qualquer esperança ampliando aos 31.

O Boa Esporte termina a 12ª rodada com 14 pontos, a três da faixa que define quem cai para a terceira divisão e volta a campo às 21 horas (de Brasília) de sexta-feira, recebendo o Bragantino. Já o Náutico, com 15 pontos e a seis da zona de elite, teve a torcida pedindo a saída do técnico Sidney Moraes e tenta se recuperar para visitar o Atlético-GO às 16h20 do próximo sábado.

O jogo

O Boa envolveu o adversário desde os primeiros minutos, com o camisa 10 Clébson se mexendo e abrindo espaço com seus dribles. Aos cinco minutos, viu Marinho Donizete passando por trás da zaga e lançou na área. Rafael Cruz tentou dominar e acabou ajeitando para o lateral esquerdo driblar o goleiro Alessandro e abrir o placar.

O Timbu não conseguia se encontrar e irritava sua torcida à medida que os visitantes se sentiam em casa, tocando a bola no ataque. Com seu time completamente à vontade, Tomas se encheu de confiança ao arriscar chute da intermediária e marcou mais um belo gol na partida, batendo no canto esquerdo aos 23 minutos do segundo tempo.

Além dos problemas técnicos, o clube Pernambuco também passou a ter complicações físicas. Antes do intervalo, o zagueiro William Alves e o volante Gilmak tiveram que sair por lesão. O único momento próximo de euforia do time no primeiro tempo foi uma cabeçada de Tadeu que passou rente à trave.

A torcida não perdoou o time e o vaiou na saída para o intervalo. Os jogadores se irritaram e começaram o segundo tempo pressionando. Com dois minutos, João Carlos fez milagre defendendo cabeçada de Flávio em cima da linha e, no lance seguinte, Vinícius Hess meteu a mão na bola na área. Pênalti que Tadeu converteu com categoria e estilo para deslocar o goleiro.

Animado, e enfim apoiado por seus torcedores, o Náutico tinha no empenho de Tadeu o seu exemplo e, aos oito minutos, o centroavante desviou cruzamento de cabeça para Leleu esticar o pé e obrigar João Carlos a fazer outra grande defesa. Mas o time apresentava pouco mais do que empenho, como ficou claro em lance no qual três jogadores tentaram chutar de bicicleta e não conseguiram levar perigo.

O Boa foi contendo a tentativa de pressão e, aos 27 minutos, o técnico Nedo Xavier trocou Luiz Eduardo por Diego, na esperança de definir o jogo em contra-ataque. Teve sucesso: em um de seus primeiros lances, o atacante recebeu cruzamento da esquerda e se antecipou ao goleiro Alessandro para cabecear nas redes, aos 31 minutos.

A vitória mineira não se transformou em goleada por Diego, segundos após marcar seu gol, só balançou as redes finalizando rente à trave. Mas não era preciso ampliar o placar. Quando atletas dos dois times não se prejudicavam pelo cansaço, o Boa tocava a bola sob irônicos cantos de “olé” dos torcedores do Náutico.