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Oswaldo defende Robinho após condenação por violência sexual na Europa: 'É um cara de família, pai e muito responsável'

Atacante do Atlético recorrerá de decisão relacionada a violência sexual

postado em 24/11/2017 14:44 / atualizado em 24/11/2017 14:51

Bruno Cantini/Atlético
A decisão da justiça italiana de condenar Robinho a nove anos de prisão por ‘violência sexual em grupo’ repercutiu na Cidade do Galo nesta sexta-feira. Questionado sobre o tema, o técnico Oswaldo de Oliveira saiu em defesa do camisa 7 do Atlético, que foi julgado por um caso que ocorreu em 22 de janeiro de 2013, quando ele ainda defendia o Milan.

O treinador alvinegro não entrou no mérito da veracidade ou não do ocorrido, mas garantiu que Robinho amadureceu com o período em que morou na Europa. O atacante chegou ao Velho Continente em 2005, para jogar pelo Real Madrid.

“Robinho é um cara que eu conheço há muito tempo. É um cara extremamente alegre, extrovertido e que amadureceu muito durante a vida profissional dele. Os anos de Europa deram muito lastro a ele. E, hoje, eu posso lhe garantir que ele é um cara de família, pai e muito responsável. Isso é o que eu posso te dizer”, afirmou Oswaldo de Oliveira.

Robinho treinou normalmente na tarde dessa quinta-feira e na manhã desta sexta. O camisa 7 não mostrou sinais de abatimento por conta da repercussão negativa do caso. De acordo com Oswaldo, o problema não afetará o desempenho do atacante contra o Corinthians, neste domingo. As equipes se enfrentam a partir das 17h (de Brasília), em Itaquera, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.

“A torcida pode ficar tranquila, não vai atrapalhar. Eu conversei com o Robinho, sim, agora de manhã. Até porque eu viria aqui e sabia que teria que responder a essa pergunta. Se bem que a minha resposta já estava pronta desde ontem. Imaginei isso e passei a pensar na situação. Não vai ter interferência nenhuma. Isso é fato vencido. Não vai ter interferência nenhuma na performance dele no domingo. Muito pelo contrário”, disse.

Entenda o caso

Robinho foi condenado por abusar de uma jovem albanesa de 22 anos. O tribunal considerou que o atacante participou do ato ao lado de outras cinco pessoas. A pena foi estabelecida por Mariolina Panasiti, que preside a 9ª vara do tribunal de Milão, na Itália.

Por meio da advogada Marisa Alija, Robinho se posicionou oficialmente sobre o caso. 

"Sobre o assunto envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclareço que meu cliente já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio. Todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância", diz a nota, que também foi publicada nas redes sociais do jogador. O Atlético, por sua vez, informou que não se manifestará publicamente.

Histórico

De acordo com matéria do 'Corriere dello Sport', Robinho conheceu a jovem albanesa em um jantar, em Milão. Na ocasião, o atacante estaria com amigos e a própria esposa, Vivian Guglielmetti. Esta teria sido a noite do estupro coletivo. Segundo o portal, a denúncia foi feita tempos depois.

Robinho respondeu pelo caso em 2014 em investigação conduzida pelo vice-procurador Pietro Forno e pela promotora Alessia Mel, que também ouviram a jovem. O Ministério Público da Itália chegou a decretar a prisão do jogador. A juíza Alessandra Simion, no entanto, rejeitou o pedido por considerar que não havia risco de nova ocorrência.

À época, a assessoria de comunicação de Robinho divulgou uma nota para se defender das acusações e classificar como 'irresponsáveis' as publicações na imprensa nacional e internacional.

"Diante das informações envolvendo o jogador de futebol Robson de Souza (Robinho), noticiadas irresponsavelmente hoje nos meios de comunicações da Itália, e replicadas no Brasil sem qualquer apuração quanto à sua veracidade, Robinho afirma que não tem qualquer participação no episódio mencionado. Todas as providências legais já estão sendo tomadas", lê-se na nota.

Em 2009, Robinho teve o nome envolvido em outra situação parecida. À época, o atacante, que defendia o Manchester City, foi acusado de estupro por uma jovem. O caso teria ocorrido em uma boate em Leeds, na Inglaterra. A investigação policial, entretanto, apurou os fatos e determinou a inocência do jogador.

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