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Patric revela que jogador do La Calera tentou desestabilizá-lo com provocação familiar

Jogador disse que treinador do time chileno pediu desculpas após o ocorrido

postado em 29/05/2019 01:30 / atualizado em 29/05/2019 02:57

<i>(Foto: Bruno Cantini/Atlético)</i>

Na classificação do Atlético na Copa Sul-Americana diante do Unión La Calera, nos pênaltis, no Independência, um lance chamou atenção. Aos 40 minutos do segundo tempo, Patric, conhecido por ser um jogador tranquilo, que não se envolve em confusões, partiu para cima do banco de reservas da equipe chilena. O jogador atleticano teve que ser contido pelos companheiros. A revolta, no entanto, tem explicação. O lateral-direito foi provocado por um dos suplentes do adversário e ficou bastante irritado.


Após a partida, Patric explicou o que aconteceu. De acordo com o lateral-direito, um jogador do La Calera tentou desestabilizá-lo falando sobre o problema de Dominic, filho do atleticano. 

“O treinador deles até me pediu desculpas. Acho que o atleta deles foi infeliz em citar algo familiar. Eu conversei com o treinador deles para que o jogador não faça isso de novo. Ele usou as ferramentas para me desestabilizar. Naquele momento, de fato, eu fiquei muito ‘p da vida’ mesmo. Faz parte. Não foi nada de racismo, mas foi bem direto o que ele falou. Faz parte do futebol. Eles querem fazer a catimba. A gente tem que manter o equilíbrio, porque a gente pode perder a cabeça, levar um cartão, ser expulso”, disse o jogador, que foi questionado se a provocação era em relação a Dominic. 

“Foi algo relacionado a isso”, limitou-se a dizer.

Dominic nasceu em 2015 com hemimelia tibial e precisou ser amputado - ele usa prótese desde o ano passado. Em entrevista à TV Galo, em 2018, Patric contou histórias sobre o nascimento do filho, como foi a recuperação e como tem se dedicado à criança.

“O Dominic é nosso primeiro filho, já nasceu com má formação desde o ventre. Fiquei sabendo da notícia antes do jogo contra o Coritiba. Vim para a concentração. O técnico ainda era o Levir. Fui lá ver os exames, mas joguei, ninguém ficou sabendo, como sempre fiz o meu trabalho. A gente optou pela amputação e sucessivamente colocamos a prótese. Ele já fica em pé, já se apoia, mas ele tem muita rejeição, não engatinhou porque não tinha o quadril. Ele está muito bem, tem recebido muito apoio do torcedor do Atlético, que abraçou ele e me abraçou também”, disse.

A hemimelia tibial é uma anomalia considerada rara, sendo que sua prevalência está estimada em 1 em 1.000.000 em nascidos vivos. A criança necessita de uma correção cirúrgica da hemimelia tibial, e posteriormente, uma cirurgia reconstrutiva e prótese para o crescimento, de acordo com informações do portal Orphanet.

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