Atlético

ATLÉTICO

Victor comemora volta à rotina no Atlético e se coloca na disputa por titularidade com Cleiton: 'Sei da minha história'

Ídolo alvinegro voltou a ser relacionado para uma partida após quase quatro meses

postado em 19/11/2019 16:34 / atualizado em 19/11/2019 18:50

(Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Após quase quatro meses, Victor viveu novamente a sensação de ser relacionado para uma partida do Atlético. Ainda que tenha ficado no banco de reservas no último sábado, no empate por 1 a 1 com o Fluminense, o goleiro de 36 anos comemorou a volta à rotina de treinamentos em campo e jogos. Ele ficou afastado em função de uma tendinite no joelho esquerdo.
 
 

“Claro que (estava com) muita saudade. Esse aqui é o nosso habitat, nosso ganha-pão, nossa vida. E uma das coisas que me dá mais alegria de poder fazer no dia a dia é vir treinar, jogar futebol, competir. Ficar praticamente quatro meses afastado é algo muito incomum na minha carreira”, disse o goleiro, em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, na Cidade do Galo.

Victor disputou uma partida oficial pela última vez em 17 de julho. Na ocasião, o Atlético venceu o Cruzeiro por 2 a 0, no Independência, pela volta das quartas de final da Copa do Brasil. Apesar do triunfo, o time alvinegro foi eliminado. Naquele clássico, o goleiro já sentia dores, mas, em acordo com comissão técnica, entrou em campo em função da importância do jogo.

Depois, iniciou o processo de recuperação. A princípio, o prazo para o retorno de Victor aos gramados era menor. A persistência das dores, porém, ampliou o tempo de tratamento. “Pensava que voltaria com um pouco mais de antecedência, e as coisas não caminharam. Mas faz parte”, disse.

Agora, o goleiro admite que não está totalmente livre das dores. O incômodo, porém, não o limita nas atividades em campo. “É claro que a gente convive com dores diariamente. Não só eu, como todo atleta de alto nível. É só você perguntar. A maioria, 90%, sofre algum tipo de dor quando entra em campo. O problema é quando a dor te limita, atrapalha sua performance. É claro que não está zerado de dor. Isso não era um planejamento, porque já tenho 36 anos. Então, é normal que haja dor. Mas é uma dor que não me limita, não me atrapalha fazer meu treinamento para jogo”, garantiu.

Disputa por titularidade


Desde que foi contratado pelo Atlético, em junho de 2012, Victor foi titular. Só saia do time quando era poupado ou estava machucado. Nesses raros períodos, nenhum substituto colocou a titularidade do ídolo alvinegro sob questionamento. Em 2019, porém, essa história mudou.

Formado nas categorias de base do Atlético, o jovem Cleiton, de 22 anos, teve boas atuações na meta alvinegra. Foi, inclusive, convocado para a Seleção Brasileira Olímpica, que conta com jogadores sub-23. O desempenho fez com que a titularidade de Victor fosse ameaçada pela primeira vez.

Questionado sobre o tema, o ídolo atleticano se mostrou sereno. Victor admitiu não estar nas melhores condições: “É claro que ainda preciso evoluir alguma coisa, porque fiquei muito tempo parado, estou sem ritmo”. Ele, porém, se colocou à disposição para jogar quando for acionado.
 
 

“Estou aqui para ajudar o Atlético, estou aqui para fazer aquilo que for bom para o Atlético. Estou à disposição. A questão da titularidade eu nunca tive essa preocupação, porque sei o meu valor, sei a minha história, sei o que eu represento aqui para o Atlético. Sábado (contra o Fluminense), vivi uma situação que há mais de 13 anos não vivia, que era ficar no banco de reservas num jogo. Exceto pela seleção, que fiquei alguns jogos. Isso demonstra que eu não fui titular, que não joguei 420 jogos com a camisa do Atlético à toa. Sei o meu lugar, sei a minha responsabilidade, daquilo que represento para o clube. Quando for solicitado para jogar, espero estar pronto, espero estar em condição, sabendo e respeitando, porque o Cleiton vem fazendo um grande trabalho, vem numa boa sequência”, continuou.

“Acho que essa disputa é saudável, no sentido de aumentar o nível técnico tanto meu, quanto o dele e dos outros goleiros. É sempre bom ter essa competitividade sadia dentro do elenco, não só no gol como em qualquer outra posição”, finalizou.
 
Quem deve ser o titular do Atlético: Victor ou Cleiton? Vote aqui
 
 

Tags: galo victor atleticomg interiormg futnacional seriea