Depois de quitar uma folha salarial que estava em aberto, na véspera do jogo contra o Atlético-GO, pelo Campeonato Brasileiro, o Atlético busca uma forma de liquidar a divida com jogadores, comissão técnica e colaboradores, para deixar as contas em dia. O presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, admitiu a dificuldade em acertar os débitos em um ano de recursos escassos pelo atual momento de pandemia e estádios com portões fechados.
O mandatário, em entrevista ao programa Bastidores, da Rádio Itatiaia, disse que o Atlético tem feito um esforço enorme para quitar os salários. Ele admitiu que há uma folha em aberto, mas enumerou alguns motivos que aumentaram as dificuldades em acertar os vencimentos mensais. Segundo ele, algo peculiar a praticamente todos os clubes brasileiros neste momento.
"Estamos só com uma folha em atraso. É claro que todos os clubes do Brasil passam por dificuldade muito grande, com falta de bilheteria, e só agora o mercado de transferência de jogadores é que começa a aparecer alguma coisa. A televisão empurrou o cronograma para frente, em razão da mudança do campeonato, e os maiores valores são pagos por exposição e colocação no campeonato. Ou seja, só virão provavelmente em fevereiro", projetou o dirigente.
Sette Câmara reforçou que não há jogador 'inegociável', mas avisou que a pretensão do Atlético é manter o time forte para alcançar o principal objetivo, que é voltar a conquistar o Campeonato Brasileiro. "Estamos fazendo um verdadeiro milagre estando com uma folha só em atraso, sem termos feito a venda de atletas. Não buscamos isso, nos esforçamos para manter o grupo como está até o fim do Brasileiro. É claro que vamos estudar qualquer proposta que chegar, mas queremos lutar pelo título e temos uma grande oportunidade", declarou.