Santa Cruz

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Staff de Cabeleira acusa Santa de não valorizar meia; clube diz que não vai se pronunciar

Fonte ouvida pela reportagem disse que o Tricolor não pagou o que deve à joia da base e, além disso, refuta ideia de "renovação encaminhada"

postado em 10/07/2020 08:00 / atualizado em 10/07/2020 08:36

(Foto: Rafael Melo/Santa Cruz)
Quando a situação parecia estar resolvida entre o Santa Cruz e o meia Felipe Cabeleira, joia da base tricolor, mais um capítulo foi adicionado a um desfecho que parecia certo - e positivo - para ambas as partes. 

Segundo apurou o Diario com uma fonte ligada ao staff do prata da casa, a Cobra Coral, além de não ter renovado o contrato de Cabeleira, continua devendo ao jogador. Procurado pela reportagem, o executivo de futebol tricolor, Nei Pandolfo disse que o clube “não vai tratar do assunto pela imprensa”. 

Além disso, o staff de Felipe Cabeleira acusa o Santa Cruz de não valorizar o meia e acrescenta: “estão passando para a torcida que está tudo encaminhado, mas não está”. Na última quarta-feira, Nei Pandolfo participou de uma live no Blog do Torcedor e garantiu que o Tricolor havia “acertado valores” com o representante do prata da casa, Fábio Braga. 

Vale ressaltar que o vínculo de Cabeleira com o Santa Cruz termina em setembro deste ano. Ou seja, o jogador já está livre para assinar um pré-contrato com qualquer outro clube. 

“A gente não vai abrir valores. O clube está passando para a torcida que está encaminhado, mas não está. A situação está 50% para o sim e 50% para o não. O clube precisa pagar o que está devendo e não é muita coisa. Nós não estamos dizendo que o Santa Cruz está errado, só que o Santa quer o dinheiro bom através dele, mas sem dar muito”, disparou. 

Mesmo reconhecendo o interesse do Santa Cruz em renovar o contrato com a joia da base, a fonte ouvida pelo Diario acrescentou que a Cobra Coral, apesar de ter alçado o meia ao elenco principal, ele não recebe um salário compatível com o de um jogador profissional.   

“A palavra que vem seguida da renovação é a valorização. O Santa não quer valorizar o Cabeleira e quer pagar o salário como se ele fosse ainda da base. E não é. Ele é uma das joias do clube e já está no profissional, só que ele não tem salário de jogador do profissional”, completou. 

Entenda o caso 


O motivo do desentendimento, segundo o dirigente do Tricolor, deu-se em virtude das limitações impostas pelo novo coronavírus. Nei Pandolfo detalhou que, por conta da pandemia, o fechamento temporário da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), órgão responsável pela publicação de trâmites referentes aos contratos de jogadores, prejudicou o registro do contrato firmado com Felipe Cabeleira. E que, por isso, a situação com o prata da casa esteve em aberto.