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Sport inicia a temporada com o objetivo de superar os resultados conquistados em 2014

Leão enfrenta o Nacional do Uruguaio em amistoso na Arena Pernambuco

postado em 23/01/2015 22:00 / atualizado em 23/01/2015 21:38

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Edvaldo Rodrigues/DP/D.A.Press
O Sport entrou em 2015 sem esquecer 2014. As razões foram muitas – e positivas! Foi, de fato, um ano de sucesso, com títulos e uma Série A sólida, sem riscos. Desde o início da pré-temporada, em 6 de janeiro, treinador, dirigentes e atletas discursam em coro o desejo de dar seguimento à boa temporada que se foi. Querem um Brasileiro ainda melhor e as taças do Estadual e do Nordestão. Para isso, o clube fez a lição de casa: manteve o técnico Eduardo Baptista e 80% da base que terminou o ano em alta, com sete jogos de invencibilidade. Tanto que a intenção não é somente repetir o script do ano anterior, mas melhorá-lo. Este ano, logo no primeiro jogo, o Leão terá pela frente uma decisão. É amistoso, mas que vale taça.

A diretoria criou (com intenção de tornar tradição) a da Taça Ariano Suassuna, uma homenagem ao escritor, torcedor fanático do Leão, falecido no ano passado. Pela frente, um adversário inédito, porém tradicionalíssimo no cenário sulamericano: o Nacional, clube do Uruguai com três títulos de Libertadores. A partida acontecerá às 18h30 de hoje, na Arena Pernambuco. Uma chance sem igual de o Leão fazer do retrovisor um espelho para a atual temporada desde já.

O Leão
Os rostos desconhecidos serão poucos. No time titular, somente três. Os novatos que serão apresentados à torcida rubro-negra estarão na lateral direita, Alex Silva; no meio de campo, Elber; e no ataque, Samuel. Eles se juntam a Durval, Magrão, Renê e companhia. O Leão deve entrar em campo com Magrão, Alex Silva, Durval, Ewerton Páscoa e Renê; Rithely, Neto Moura e Danilo; Régis, Élber e Samuel.

O Decano
O Nacional é o primeiro clube da América Latina a aceitar jogadores negros e o mais antigo do Uruguai. Por isso, é chamado de Decano. Com seus 44 títulos nacionais e três Libertadores, a equipe é um adversário de respeito para o Leão. Vem nada menos de 16 vitórias seguidas, quatro somente em 2014. No último torneio Apertura foi campeão com 14 vitórias em 15 jogos. Porém, para o jogo no Recife, a equipe comandada pelo técnico Álvaro Guitiérrez não contará com o ídolo do time, o experiente Recoba, 38 anos. Além dele, não vieram o goleiro Jorge Bava e o lateral Ribair Rodriguez. Segundo o jornal Ovación, de Montevidéu,  Recoba e os companheiros buscam um melhor condicionamento prepara para enfrentar o Palestino, no dia 5 de fevereiro, no Chile, pela partida de ida da pré-Libertadores.

As regras pela taça
É amistoso, mas vale taça. E para levantar o troféu com os traços armoriais e feito em latão com base de madeira, Sport e Nacional jogam por uma vitória simples durante os 90 minutos. Caso a partida termine empatada, a Taça Ariano Suassuna será disputada nos pênaltis. O número de substituições será livre.

Manga, o elo Sport/Nacional
De 1955 a 1959, no Sport. De 1969 a 1974, no Nacional. Principal elo futebolístico entre Pernambuco e Uruguai, Haílton Corrêa de Arruda, o célebre Manga, é apontado por muitos como o maior goleiro da história da torcida bolsilluda e da rubro-negra. Recifense revelado pelo Leão, conquistou três estaduais na Ilha do Retiro. Em Montevidéu, tornou-se mito. Foi personagem decisivo na conquista de quatro títulos nacionais, além da Libertadores e do Mundial de Clubes de 1971. O goleiro, que dispensava luvas e tem até hoje a marca dos dedos atrofiados, herança de defesas arrojadas e impossíveis, vive atualmente no Equador aos 77 anos. Mito, Manga inspirou o Dia do Goleiro, comemorado na data do seu aniversário (26 de abril).

PE x Uruguai
O amistoso internacional entre Sport e Nacional será o oitavo entre pernambucanos e uruguaios em quase 60 anos de história. Segundo o historiador Carlos Celso Cordeiro, tudo começou em 1955, quando o Náutico fazia uma excursão enfrentou o poderoso Peñarol, campeão nacional nos dois anos anteriores. No mítico estádio Centenário, o Timbu foi arrasado por 6 a 0. A única vez em que enfrentou uma equipe uruguaia, o Leão foi derrotado na Ilha do Retiro por 2 a 1 pelo Rampla Juniors, em 1956 – então campeão do Torneo Competencia de 1955, a fase preparatória da liga nacional do Uruguai.

16/04/1955 – Peñarol 6 x 0 Náutico
11/03/1956 – Santa Cruz 3 x 2 Rampla Juniors
14/03/1956 – Sport 1 x 2 Rampla Juniors
11/07/1957 – Santa Cruz 1 x 1 Wanderers
16/07/1957 – Náutico 2 x 0 Wanderers
01/08/1965 – Seleção de Pernambuco 1 x 2 Peñarol
15/06/1995 – Santa Cruz 0 x 1 Peñarol