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Sport tem no elenco jogadores 'esquecidos' entre reforços, atletas da base e ex-titulares

Claudinei Oliveira opta por dar sequência à base e faz time crescer na temporada, mas diz que todos jogadores terão chance ao longo da temporada

postado em 16/06/2018 10:00 / atualizado em 15/06/2018 07:54

Paulo Paiva/DP
Desde que chegou ao Sport,o técnico Claudinei Oliveira prezou pela continuidade da equipe titular. O treinador, aliás, também adotou a estratégia de repetir as escolhas muitas vezes até para as substituições. Assim, o Rubro-negro se ajustou e ganhou força na Série A, chegando na pausa para a Copa do Mundo na sétima posição, com 19 pontos somados. Por outro lado, a sequência adquirida fez com que outros atletas do elenco sumissem dos gramados. Entre eles, reforços, antigos titulares e garotos da base sequer chegaram a entrar em campo. O comandante, por sua vez, garante que todos terão espaço em algum momento.

Antigos titulares

Peu Ricardo/DP
A lista é puxada pelo zagueiro Henríquez. O atleta começou a temporada como titular, mas, quando Claudinei Oliveira chegou, já havia perdido espaço. Nesse intervalo, ainda voltou a sofrer com dores de uma pubalgia. O resultado é que o jogador passou a ser uma das últimas opções para o setor, estando atrás de Léo Ortiz e Durval. Mais do que ainda não ter atuado na Série A, a última vez que o atleta foi relacionado para uma partida aconteceu no empate em 0 a 0 com o Internacional, na 9ª rodada.

Já Léo Ortiz iniciou o Brasileiro entre os 11 ao lado de Ernando, mas foi sacado do time após o resultado de 3 a 0 para o América-MG e nunca mais voltou a entrar em campo. O mesmo quase se repete com Ferreira. Vindo do São Caetano exclusivamente para jogar a Série A, o volante foi titular na estreia do Leão com uma atuação ruim. 

Em seguida, só ganhou mais uma chance na vitória por 2 a 1 em cima do Paraná, na estreia de Claudinei Oliveira, na terceira rodada, quando entrou nos 30 minutos do segundo tempo na vaga de Neto Moura. Nesse mesmo jogo, Andrigo também saiu do campo para não voltar mais. O atleta passou a sentir dores na coxa e perdeu três partidas. Na sequência, viu o time encaixar apenas do banco de reservas.

Contratações que não jogam

Nonoca, de 20 anos, veio por empréstimo do Cruzeiro para ter mais chances de atuar. Veio também com boas referências. Porém, no Sport, só tem treinado. Passadas as 12 rodadas da Série A, o volante sequer entrou em campo e viu Deivid, último reforço leonino, assumir a vaga de Anselmo no time - posto que o atleta disputa.

Peu Ricardo/DP
Outro caso de uma contratação que não joga é o do zagueiro Max. O atleta estava no São Caetano e chegou como um dos reforços para o Brasileirão, porém é difícil de aparecer na lista de relacionados para os confrontos. Ele, nesse período, ainda sofreu com dores no joelho que o tiraram de atividade. 

O lateral Felipe Rodrigues também é um caso especial. No clube desde o primeiro semestre, agora é a quarta opção para o lado direito da defesa atrás de Raul Prata, Cláudio Winck e Fabrício, que atua improvisado no setor. Com frequência é um jogador que não inicia os treinamentos coletivos nem entre os reservas. Passa a fazer parte da atividade, geralmente, na parte final. Nesse cenário, ainda não jogou na Série A e, nas seis vezes que entrou em campo no ano, também não agradou.

Há ainda um outro atleta que atuou pouco com Claudinei Oliveira, mas já foi elogiado pelo técnico. Hygor atutou nos dois jogos sob o comando de Nelsinho Batista na Série A e entrou no decorrer do emapate com o Internacional em 0 a 0 já com o novo comandante. Apesar de pouco espaço, ele já foi elogiado pelo atual treinador, que declarou querer observá-lo mais nos jogos.  

Da base e sem chances

A falta de minutos em campo também atinge jogadores da base. Tratados com grandes promessas, o zagueiro Adryelson e o meia-atacante Pablo Pardal treinam normalmente com o elenco profissional, mas não conseguiram ainda ter a oportunidade de entrar em campo no Brasileiro. Junto a dupla, também está o atacante Índio.

Peu Ricardo/DP

Agenor é um caso à parte

Após as falhas na estreia contra o América-MG, Agenor foi sacado do time titular ainda pelo técnico Nelsinho Batista e, depois, pediu para ser negociado. Até agora, porém, o atleta segue no clube apenas treinando e sem nenhuma oferta oficial confirmada. Virou, com isso, a terceira opção para a posição atrás de Magrão e Mailson.

Claudinei diz que preferiu dar sequência

 “Quando cheguei aqui, não conhecia muito bem o grupo. Acho que o melhor caminho para conseguir o rendimento que a gente teve é alcançar uma base para que eles ganhem entrosamento e tenham rendimento. Se você chegar aqui e mudar tudo porque perdeu do Cruzeiro lá. Eu não penso assim. Não costumo transferir para os atletas. Optei por manter uma base. A gente tem mexido pouco e isso deu a consistência que temos hoje.”

Claudinei comenta substituições frequentes

“As substituições é muito questão de jogo. A gente tem o Michel (Bastos) que joga pelo lado e tem entrado bem. Às vezes, tiro Rogério ou outro jogador e passo para outro lado. Depende do rendimento quem estamos jogando. Temos apostado no Michel, no Neto (Moura), que até outro dia era titular. Já o Carlos (Henrique) ficou jogos sem entrar porque precisamos mexer na parte defensiva.”

Gabriel “ocupa” mais vagas, segundo Claudinei

“Nós temos o Gabriel, que é um jogador muito efetivo. Ele joga 90 minutos e mais 90 se precisar. Tem uma condição física privilegiada. É ainda um jogador muito tático. Já puxamos ele até para volante. Então, às vezes, o meias estão tendo menos chances de jogarem do que os atacantes e volantes.”

Treinador fala em ter coerência e chance a todos

“Eu acho que eles têm noção que as coisas estão sendo feitas com coerência e honestidade. Vai ter o momento de todo mundo jogar. O campeonato é longo. Quem diria que o Deivid chegou outro dia e já seria titular? É titular porque Anselmo saiu. Pela característica, Deivid é o substituto e não Neto Moura, por exemplo. Agora, tem que treinar forte para, quando tiver a chance, jogar bem.”