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SÉRIE A

Na volta da Série A, Sport perde poder de fogo e Ceará vence depois de 16 jogos em jejum

Leão tem maior posse de bola, mas não conclui jogadas e perde por 1 a 0

postado em 18/07/2018 21:27 / atualizado em 18/07/2018 22:32

Paulo Paiva/DP
A primeira impressão deixada pelo Sport em campo é que a pausa para a Série A travou o time. Além de sentir a parte física no fim do confronto, os rubro-negros perderam o poder de fogo no ataque. Assim, apesar de ter maior posse de bola durante todo o confronto, foi incapaz de matar o jogo diante do Ceará, na noite desta quarta-feira, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. A consequência foi dura. A equipe agora está marcada como a que cedeu a primeira vitória para o Ceará no Brasileirão. Para um time que, mesmo com o triunfo, é ainda o lanterna da competição, com apenas oito pontos, e não vencia há 16 partidas na temporada.

O resultado também mostra que o Sport perdeu força com as carências no banco de reservas. Com apenas uma contratação durante o período de recesso, não mostrou alternativas claras para ensaiar uma reação mais contundente, com exceção da entrada de Andrigo. Agora, o técnico Claudinei Oliveira tem a missão de montar o time para reagir diante do Fluminense, na Ilha do Retiro, no próximo do domingo. Por enquanto, o Rubro-negro fica estacionado nos 19 pontos.  

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O jogo

Apesar da entrada de Michel Bastos pelo lado direito do ataque, o Sport começou a partida concentrando as forças ofensivas no canto oposto e foi assim até o fim do primeiro tempo. Dessa maneira, coube a Rogério trazer as primeiras tentativas de criação do Rubro-negro. Nenhuma delas, até os 15 minutos, resultou em uma clara oportunidade contudo. Ainda assim, a essa altura já era o time de Claudinei Oliveira quem conduzia o ritmo da partida. Era mais ajustado, com linhas próximas e jogadores capacitados a trocar passes.

O técnico do Ceará, por sua vez, optou por entrar em campo com um time mais retraído, formado por três volantes e sem qualquer demonstração de querer trabalhar o jogo. Chegou a ter, por exemplo, apenas 24% de posse de bola. Nessa disposição fechada, por outro lado, congestionou o meio-campo e travou o setor impedindo avanços do Leão. Já no ataque, foi bem menos efetivo. Limitou-se a lampejos individuais ou tentativas frustradas de saída rápida para levar susto ao Sport. Na prática, Magrão passou o primeiro tempo sem ter trabalho. 

Do lado ofensivo leonino, a partida foi diferente ainda que tenha faltado o brilho de Michel Bastos. Sem a inspiração da novidade do time titular, a primeira grande chance veio apenas aos 17 minutos quando Fellipe Bastos arriscou um chute de longa distância e obrigou Éverson a mandar para escanteio. Na sequência, Marlone levantou duas bolas perigosas na área. E foi só. Mesmo com a superioridade técnica em campo, o Leão também pouco finalizou com perigo deixando a etapa inicial pobre.

Segundo tempo

Na volta do intervalo, o Sport se deparou com um problema. Melhor zagueiro do time na Série A, Ernando se machucou no pé esquerdo e precisou ser substituído por Max. Era a estreia do suplente com a camisa rubro-negra. E ele, junto com todo sistema defensivo, foi infeliz logo no primeiro lance de perigo. Tudo começa com um passe displicente de Marlone, que gerou um contra-ataque decisivo. Sozinho e cercado por três na área, Max não conseguiu cortar o cruzamento de Felipe Azevedo na sequência. A bola foi direto para Arthur, que abriu o placar de cabeça aos 8 minutos. 

Já antes disso, o Ceará havia voltado melhor. Adiantou a marcação e foi mais agressivo, sufocando a saída de jogo do Sport. Só depois de ser vazado, foi que os leoninos conseguiram retornar para a partida e chegou a criar duas chances com Andrigo. No fim, o saldo foi o Rubro-negro com maior posse de bola e pouca efetividade.    

Ficha do jogo

Ceará 1

Éverson; Arnaldo, Tiago Alves, Luiz Otávio e João Lucas; Richardson, Fabinho, Juninho e Reina (Eduardo Brock); Éder Luís (Arthur) e Felipe Azevedo. Técnico: Lisca

Sport 0

Magrão; Raul Prata, Léo Ortiz, Ernando (Max, aos 3min do 2ºT) e Sander; Fellipe Bastos, Gabriel, Michel Bastos, Marlone (Andrigo, aos 16min do 2ºT) e Rogério; Rafael Marques (Carlos Henrique). Técnico: Claudinei Oliveira

Local: Estádio Presidente Vargas (Fortaleza)
Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ)
Assistentes: João Luiz Coelho de Albuquerque (RJ) e Thiago Henrique Corrêa Farinha (RJ)
Gol: Arthur (8min do 2ºT)
Cartão amarelo: nenhum
Público: 15.197 pessoas
Renda: R$ 99.236,00