Técnico quebra protocolo e diz: 'Poderia ser Real Madrid ou Íbis, mas vai dar Sport'

Eduardo Baptista, assim como os demais técnicos, costuma ter encontros definidos com a imprensa. Eles, geralmente, são às sextas-feiras e após os jogos. Dessa vez, com o Sport mergulhado na zona de rebaixamento, na penúltima posição, com 24 pontos, o treinador quebrou o protocolo antes do confronto com o Palmeiras e pediu para dar entrevista coletiva. No discurso, veio a confiança estampada. Para o duelo das 18h do próximo domingo, na Ilha do Retiro, ele chegou a garantir a vitória da equipe e, no futuro, apostou na permanência na Série A.

"O motivo especial é o Sport. O clube vive um momento difícil. Nãos quis esperar até sexta-feira para esclarecer algumas dúvidas até para vocês. A semana será toda aberta de muito trabalho. Como é normal, a gente estava discutindo quem viria falar. Hoje, não é dia para jogador. Hoje era do comando. Tem certas coisas na minha carreira que eu até tenha me 'estrepado' por dar a cara. Mas, se te uma coisa que não fujo, é de dar a cara na hora do comando", disse o treinador.

Eduardo Baptista voltou ainda a dizer que vê uma equipe pronta para disputar a sequência da Série A. Agora, a principal questão da semana é definir o substituto de Hernane Brocador, que apresentou uma luxação no ombro e pode ficar de fora por até 45 dias. Sem ele, o treinador apontou que pode escolher o centroavante Matheus Peixoto ou ainda apostar em Rogério mais avançando, abrindo espaço para Marlone jogar como ponta. O restante será o mesmo grupo que perdeu por 2 a 1 para o Corinthians.

Independente da formação, o treinador rubro-negro relembrou a sua trajetória no clube para apostar em uma reviravolta na campanha do time. "Nosso momento é difícil, mas não para jogar a toalha. Até minha história no Sport mostra isso. Assumi o Sport, em 2014, com 99% de chance de ficar fora da Copa do Nordeste e, com esse 1% que tinha, conseguimos ser campeões um mês e meio depois", declarou.

Eduardo Baptista já tem consciência das contas que o Sport precisa fazer para se livrar do rebaixamento. Ele calcula sete vitórias em 13 jogos. "Nós estamos jogando no limite. Não vou vir aqui pintar um quadro bonito. Estamos no limite. Mas, com todo mundo junto, a gente sai dessa. São sete jogos em casa. Com 21 pontos, chegamos a 45 e é o suficiente para nos livrar", declarou, para completar sobre o próximo confronto. "Vamos fazer a Ilha pulsar. Poderia ser o Real Madrid.Poderia ser o Íbis. Poderia ser qualquer um, mas vai dar Sport", acrescentou.