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Crias do Botafogo, Ezequiel e Leandrinho revelam parceria e miram Sport de volta à elite

Dupla foi apresentada junta pelo Leão e quer se firmar na carreira

postado em 15/01/2019 18:00 / atualizado em 15/01/2019 19:00

Paulo Paiva/DP
O sucesso de uma temporada de reconstrução no Sport passa necessariamente pelo desempenho de jovens jogadores. Seja dos que foram forjados no clube ou daqueles que vêm de fora da Ilha do Retiro. Nesse último caso, os jovens Ezequiel, de 20 anos, e Leandrinho, 22, encaixam-se. Criados no Botafogo e emprestados até o fim deste ano, os dois jogadores se apoiam em uma antiga relação para decolar em sua primeira passagem fora do time carioca e sonham em recolocar o Rubro-negro de volta à Série A.

Na tarde desta segunda-feira, eles foram apresentados juntos no CT do Sport e ressaltaram exatamente a ligação que têm no extracampo. “A gente se conhece há bastante tempo. Eu conheço ele (Ezequiel) desde garoto. Sou dois anos mais velho, mas a gente é amigo. Nossos pais estiveram aqui juntos. Nos primeiros dias, a gente ainda estava se enturmando e ficamos mais próximos”, disse Leandrinho.

Apesar de proximidade, a dupla tem pouca experiência junta dentro de campo. No Botafogo, os dois atuaram lado a lado apenas uma vez em uma partida profissional. Foi na última rodada da Série A do ano passado quando o Alvinegro encarou o Atlético-MG, na Arena Independência, e perdeu por 1 a 0. O raro encontro dentro de campo se justifica por conta de uma lesão no ligamento cruzado do joelho de Leandrinho.

“Quando subi, ele acabou se lesionando, mas a gente já passou o ano (de 2018) treinando junto. A gente se conhece bastante. Ele sabe o jeito que eu jogo, e eu sei o jeito dele também. É importante (ter essa parceria) porque não vou ter meus pais muito próximos, mas vou ter alguém que tenho um contato muito grande”, disse Ezequiel.

Histórico de Leandrinho 


Aos 22 anos, Leandrinho surgiu com destaque no time profissional do Botafogo. Em 2016, ele foi aproveitado pelo técnico Jair Ventura como segundo volante. Em seguida, com Ricardo Gomes e Zé Ricardo, também jogou como meia. A ascensão do atleta foi adiado por causa da lesão em setembro de 2017. Ele precisou de dez meses para se recuperar e só voltou a ser opção na reta final da última temporada. Ao todo, disputou 48 jogos e tem cinco gols marcados pelo clube da Estrela Solitária.

“É uma lesão séria, chata de ser tratada. Foi um período bastante difícil da minha carreira. Sendo jovem, eu estava tendo uma sequência de jogos. Tive todo o apoio do Botafogo, me trataram super bem e voltei a treinar. Mas, essa volta é um pouco difícil porque você volta sem ritmo, com a musculatura da perna um pouco diferente. Quando voltei no meio da temporada, o time já estava andando e eu só trabalhei forte”, disse. “Ano passado, guardei bastante gasolina no tanque para esse ano fazer uma grande temporada e colocar o Sport no lugar que ele merece”, acrescentou.

Histórico de Ezequiel


Com 20 anos, o atacante Ezequiel também gerou grandes expectativas desde a categoria de base do Botafogo. Ele foi promovido ao profissional em 2017 e recebeu algumas oportunidades como titular durante o Campeonato Carioca de 2018, mas acabou perdendo espaço com a chegada do técnico Zé Ricardo. Disputou 24 partidas pelo Alvinegro e marcou um gol, contra o Cruzeiro, ainda no Brasileirão de 2017. Com uma nova chance, espera se firmar.

“Eu vim muito motivado e feliz de estar aqui. Estou com muita fome de trabalhar. No que depender de mim, o Sport vai ter meu 100%. Aliás, não diria meu 100%, mas diria 110% porque eu vim querendo meu espaço, querendo alçar coisas grandes, e colocar o Sport no lugar onde ele nunca deveria ter saído”, declarou.

“Por ter velocidade, gosto de jogar pelo lado do campo mais solto. Tenho um futebol muito alegre. Gosto de ter aquela responsabilidade de fazer aquela jogada do gol e também aquela jogada para eu mesmo fazer o gol. Sou muito solícito também. Gosto de ajudar a equipe e trabalhar junto”, acrescentou.