COPA

Pékerman desconversa sobre Suárez, mas valoriza Uruguai para confronto das oitavas

Técnico da Colômbia diz ter "seus próprios problemas"

postado em 27/06/2014 15:56 / atualizado em 27/06/2014 16:03

Getty Images

Cassio Zirpoli
Enviado especial

Rio de Janeiro - Era inevitável. Na coletiva do técnico da seleção colombiana, José Pekérman, a punição de Luis Suárez foi onipresente. Na sala de conferências do Maracanã, jornalistas brasileiros, colombianos e uruguaios questionaram o técnico sobre o fato de enfrentar uma Celeste sem o seu melhor atacante. O argentino Pékerman foi bastante econômico sobre o assunto, não fazendo qualquer juízo de valor.

"É um tema muito delicado, sem dúvida, mas a nossa preocupação é com o Uruguai como equipe, somente isso", afirmou o comandante da Colômbia, que encerrou a primeira fase do Mundial de 2014 com três vitórias. Sobre o confronto pelas oitavas de final, neste sábado, ele enxerga o Uruguai como um time compacto, forte taticamente. "O Uruguai é um oponente com um excelente técnico, uma história de muito sucesso nos últimos anos e será sempre difícil para a Colômbia", afirmou Pékerman, desconversando mais uma vez sobre o atacante adversário, punido após morder Chiellini em Natal.

Para poupar o gramado do Maracanã, a seleção colombiana precisou remanejar o seu apronto para São Januário. O fato não parece ter tirado o sono do técnico, mais preocupado com estado físico da equipe. "Estou preocupado com os problemas que tivemos, com lesões". Vale lembrar que o principal jogador do time, o atacante Falcao García, foi cortado da Copa por causa de uma lesão no joelho.

Pékerman - que chegou atrasado à coletiva porque o ônibus da delegação estava preso no trânsito - tenta chegar pela segundo vez às quartas de final na Copa do Mundo. Em 2006, na Alemanha, ele conseguiu chegar à terceira fase comandando a Argentina - que cairia justamente diante da anfitriã.

Confiante para seguir adiante? "A Copa do Mundo é um jogo por vez e cada equipe mostra porque venceu tanto, ficando valorizada no futebol. Passamos muito tempo sem participar (desde 1998 ) e temos que mostrar os nosso valores. Estamos nos saindo muito bem. Será um jogo de muita força, muita vontade", completou o técnico. Nas quatro participações anteriores, a melhor campanha do país foi alcançar as oitavas de final em 1990.