Torcida no Recife "abraça" a Costa Rica e apoia os Ticos até o fim no Fifa Fan Fest

Uruguaios, alemães, mexicanos e sobretudo brasileiros. O público do Fifa Fan Fest do Recife deste domingo adotou a Costa Rica como segunda seleção para torcer e apoiou a equipe dos ticos até o fim, vibrando muito quando o grego Gekas perdeu o pênalti e Umañas marcou o gol da vitória costarriquenha.

Após contagiarem a torcida pernambucana durante a primeira passagem pelo Recife, para o jogo contra a Itália, os torcedores da Costa Rica praticamente não marcaram presença na Fan Fest. Tinha descendente, tinha torcida simpatizante com o time, mas costarriquenho mesmo estava difícil encontrar. Estavam todos na Arena Pernambuco. O brasileiro Fred Esteves viveu seis anos na Costa Rica e vestiu a camisa da seleção do país. “Sou brasileiro, mas tenho família lá e hoje vim com minha esposa e meus filhos apoiar a Costa Rica”, contava o torcedor enquanto sua esposa afirmava “Ele tem uma ligação muito forte com o país”, dizia Daniele Esteves.

Mais tímidos e menos confiantes estavam os gregos presentes na Fan Fest. O grego Theologos Vatos, de 66 anos,vive no Recife há 35 e se mostrou realista quanto a qualidade da Seleção Grega. “A gente não tem um time bom ,não é? Mas como vem acontecendo tanto milagre nessa Copa,quem sabe?”, acreditava o torcedor momentos antes do início da partida.

O uruguaio Danilo Konkolowicz, de 36 anos, esperava que o Uruguai passasse para as oitavas-de-finais em primeiro lugar no grupo D para que o jogo da celeste fosse no Recife, mas teve o desejo frustrado. “A princípio vim seguir o Uruguai, mas também queria conhecer as algumas cidades brasileira que ainda não conhecia. Pensava que o Uruguai fosse passar em primeiro no grupo e até comprei ingresso para o jogo. Como não passamos, vendi e estou aqui assistindo a partida e torcendo para a Costa Rica”

Mesmo a partida entre Costa Rica e Grécia acontecendo horas depois do jogo entre México e Holanda, ainda tinha mexicano se lamentando e afogando as mágoas na Fan Fest. Tino Gallena, de 27 anos, era um deles. Juntamente com dois amigos, o mexicano não escondia a tristeza de ter visto o time sendo eliminado pelos holandeses e culpava a arbitragem pelo acontecido. “Dói quando a equipe perde por erro do time, mas dói ainda mais quando o erro é do arbitro. Vim aqui para viver essa tristeza do jeito certo. Agora vou torcer pelo Brasil” , se lamentava o morador de Acapulco, no México.