FIFA

Blatter se queixa de brigas entre torcidas

Ocorrência de confrontos fez com que cartola antecipe conversa com a Rússia 2018

postado em 14/07/2014 11:37 / atualizado em 14/07/2014 11:41

fifa.com/AFP

Cassio Zirpoli e João de Andrade Neto
Enviados especiais

Rio de Janeiro - Apesar dos elogios à organização brasileira no Mundial de 2014, falando em português, o racismo foi o ponto que mais desagradou ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante a Copa de 2014. No Brasil, mesmo com a enorme diversidade entre os torcedores envolvidos - 3,5 milhões pessoas foram aos 64 jogos -, "algumas brigas" chamaram a atenção do dirigente, que não detalhou o tipo nem onde ocorreram.

Durante o torneio, os stewards (seguranças) tiveram trabalho para conter os ânimos durante os jogos - Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, já havia se mostrado surpreso com o grande consumo de cerveja. O diretor máximo da entidade que comanda o futebol aponta o combate ao racismo como a chave para mudar essa situação na próxima edição.

Inclusive, revelou já ter conversado sobre o assunto com Vladimir Putin, presidente do próximo país-sede, a Rússia. Em 2018, no país de maior território do planeta também terá doze subsedes. "Não fiquei muito feliz pelo combate ao racismo. Falamos isso ao presidente Putin e ele também insistiu que lutaremos contra a discriminação", afirmou Blatter abrindo o balanço geral da Fifa, nesta segunda, no Maracanã.

"Hoje eu sou uma pessoa muito feliz. Nunca um evento teve tanta repercussão. Tivemos muito sucesso em muitos assuntos, principalmente na mensagem de paz. Mas tivemos algumas brigas e teremos que ver isso na Rússia", disse. A conversa aconteceu durante a decisão entre alemães e argentinos, no Maracanã.