POLÍTICA

Ministro do Esporte cutuca imprensa britânica: "as cobras se recolheram durante a Copa"

Com sucesso da Copa, Aldo Rebelo rebateu as criticas feitas ao Brasil

postado em 14/07/2014 12:46

fifa.com/Divulgação
 

João de Andrade Neto e Cassio Zirpoli
Enviados especiais

Rio de Janeiro - Com o sucesso da Copa do Mundo no Brasil, que recebeu uma nota 9,25 do presidente da Fifa, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo partiu para o contra-ataque. Sobrou para a imprensa. Brasileira e estrangeira. Após os agradecimentos, na entrevista coletiva desta segunda-feira, no Maracanã, o político não perdeu a oportunidade de cutucar os jornalistas. Principalmente os britânicos, que após o sorteio dos grupos, em dezembro (e que definiu a estreia da Inglaterra para Manaus), procurou precaver os turistas com relação à "selva brasileira", mencionando tarântulas, escorpiões, cobras e insetos venenosos na cidade.

"Gostaria de agradecer aos jornalistas. Mesmo aqueles que desconfiavam da nossa possibilidade e tiveram o privilégio de estarem em Manaus, onde as cobras se recolheram durante a Copa e ninguém foi mordido. E onde nenhum cachorro louco saiu às ruas mordendo os turistas. Também devem ter se recolhidos", cutucou Rebelo, que em seguida lembrou e lamentou a morte de dois jornalistas argentinos que cobriam o Mundial, em acidentes automobilísticos. "Peço desculpa às famílias."

No entanto, a mídia brasileira também não foi esquecida no desabafo do ministro, que negou ter tido desentendimentos com a Fifa durante a organização, apesar das indiretas públicas de ambos os lados durantes os anos que antecederam a Copa. "Compreendo o espírito crítico e a relevância dos serviços prestados pela imprensa junto à sociedade. Mas de fato, houve um pessimismo e uma certa desconfiança. O País superou esses desafios e dificuldades. Já tínhamos passado pela Copa das Confederações, uma situação mais adversa. E a partir desse parâmetro, calcular que poderíamos realizar a Copa do Mundo dentro das nossas limitações, a altura do mundo", destacou.

"Não fiz nenhuma crítica aberta ou velada aos parceiros que nos ajudaram nos esforços de organizar a Copa. Nem aos estados, municípios, a Fifa ou o Comitê Organizador Local (COL). As divergências de opiniões nos discutimos de forma franca e aberta, sempre levando em conta a organização do evento", concluiu.