Técnico Diego Simeone vira personagem da reviravolta do Atlético de Madri

Um clube tradicional, vivendo um jejum de quase duas décadas sem vencer o campeonato nacional, que vê tudo mudar com a chegada de um profissional capaz de reconstruir o espírito e a autoestima de milhões de torcedores. Era esse o panorama do Atlético de Madrid até a temporada 1995/96, quando os colchoneros conseguiram conquistar seu primeiro título espanhol desde 1976/77. De quebra, ainda levaram a Copa do Rei do mesmo ano.

Quinze anos se passaram e um novo jejum se estabeleceu (com direito até a um rebaixamento nesse meio tempo). Eis que o mesmo personagem aparece para levantar outras quatro taças e resgatar novamente o orgulho do clube, superando adversários antes tidos como inalcançáveis. O nome desse predestinado? Diego Pablo Simeone, o homem responsável por transformar em realidade os sonhos mais delirantes da torcida atleticana. O maior deles estará em campo hoje. No Estádio da Luz, em Lisboa, Simeone tenta levar o Atlético ao título da Liga dos Campeões.

O Atlético não tem uma grande história no torneio continental. O clube chegou à decisão em uma única ocasião, quando foi derrotado pelo Bayern de Munique de maneira traumática: vencia por 1 a 0 até o último minuto do jogo, mas sofreu um gol que forçou uma partida extra - esta, vencida por 4 a 0 pelos alemães. Passaram-se exatos quarenta anos dessa derrota, e desde então, o Atleti não conseguiu mais voltar a se destacar na Champions.

Porém, na atual edição, o time tem mostrado uma grande disposição. Fiel ao espírito guerreiro de seu treinador, o time vem protagonizando uma campanha irretocável: são nove vitórias, três empates, nenhuma derrota e um padrão tático que impressiona pela solidez defensiva e pela velocidade das saídas em contra-ataque. Características de uma equipe extremamente focada em seus objetivos, e que já aprendeu, como disse Simeone após a conquista da Liga, que “si se cree y se trabaja, se puede”. Numa tradução livre: “Se você acredita e trabalha, você pode.”