Futebol Nacional

TODOS COM A NOTA

Público do Todos com a Nota vem sendo "fiscalizado" na base do "olhômetro"

Secretaria da Fazenda afirmou membros do órgão vão aos jogos observar o público

postado em 29/09/2014 12:21 / atualizado em 29/09/2014 13:30

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

Nando Chiappetta/DP/D.A Press
Em entrevista ao Superesportes, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol Evandro Carvalho afirmou que a responsabilidade de fiscalizar os públicos “fantasmas” no borderô do Estadual é da Secretaria da Fazenda do Estado. Entretanto, a pasta adotou poucas medidas até agora para garantir que o público registrado nos borderôs da FPF seja o real, condizente com as pessoas que estão no estádio, e não com o número de ingressos trocados.

De acordo com o assessor da coordenação do TCN na Secretaria da Fazenda, Gustavo Aguiar, a fiscalização do programa vem sendo feita na base do “olhômetro”. Representantes secretaria vão aos jogos e analisam se o número de torcedores presentes é parecido ou não com o número divulgado pela FPF. “Em relação a fiscalização, a gente já vem fazendo isso dos dois lados. Já existe essa fiscalização em cima dos clubes e da Federação. A gente sempre tem uma pessoa nossa nos jogos”, afirmou Aguiar.

Fiscaliza só por fiscalizar. Pelas declarações do assessor, não há qualquer consequência prática diante da constatação de uma irregularidade. Quando percebido o registro de público “fantasma” no borderô, a forma de notificação que a Secretaria da Fazenda vem utilizando em relação à FPF é a conversa. “Quando acontece um caso de muita disparidade, assim como fazemos no nosso dia a dia, estamos sempre conversando com a Federação. Essas histórias que aconteceram em alguns jogos foram bem lá atrás, mas coibimos, tivemos reuniões”, disse Gustavo Aguiar.

Menos ingressos

Aguiar afirmou que, paralelamente à "fiscalização", outras medidas estão sendo adotadas. "Nós temos uma base do número de pessoas que frequenta os estádios. Então, por exemplo, se temos 5 mil ingressos disponíveis, quando a média de público histórica do local é de mil pessoas, nós reduzimos essa quantidade que havíamos disponibilizado”, falou Aguiar.

Menos rigor

Com a informatização do processo do TCN na capital, o torcedor passa a somar pontos num cartão eletrônico que dá direito a ingressos para o jogos do Estadual e do Brasileiro. Mas a ferramenta também é útil para que a Fazenda possa acompanhar o uso do programa pelos usuários. Com o cartão, é possível saber a quais jogos o torcedor realmente foi e até o horário de entrada da pessoa no estádio. Entretanto, a implantação da tecnologia no interior ainda não tem data certa para acontecer.

“Na capital, já temos o cartão eletrônico. Mas, no interior o processo é mecânico, não temos como fazer uma fiscalização tão forte”, afirmou Gustavo Aguiar, ao ser perguntado sobre o que a Secretaria da Fazenda poderia fazer para diminuir a quantidade de pessoas que solicitam o ingresso, mas não comparecem ao estádio. “Estamos estudando uma forma de fiscalizar, mas não posso garantir que será em 2015, como afirmou Evandro Carvalho”, disse.