Futebol Nacional

ARBITRAGEM

Presidente da Federação Catarinense diz que assistente Fernanda Colombo foi afastada

Delfim Peixoto contradiz assistente, que disse ter vindo para Pernambuco por opção

postado em 04/11/2014 17:15 / atualizado em 04/11/2014 17:38

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Federação Catarinense / Divulgação
“Não foi opção”, foi assim, taxativamente e ser tergiversar, que o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, começou por responder à reportagem do Superesportes, acerca da vinda da árbitra assistente Fernanda Colombo para o quadro de arbitragem da Federação Pernambucana (FPF). Declaração incisiva, que contraria o discurso da própria bandeirinha em sua apresentação, na segunda-feira (3), na sede da FPF.

Em entrevista coletiva, ontem, a mais nova assistente do futebol pernambucano alegou que optou pelo Recife como forma de unir o útil ao agradável. Poder continuar exercendo sua função na arbitagem e dar continuidade aos estudos. “Sai de Santa Catarina pois vou fazer minha pós-graduação e juntei isso ao futebol, já que acredito no profissionalismo que a federação trata a arbitragem aqui”, justificou Fernanda Colombo.

Pois, Delfim Peixoto apresenta versão bem diferente. Segundo o dirigente e futuro vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Fernanda Colombo foi cortada dos quadros da arbitragem da Federação Catarinense que já havia sido autorizada a procurar outra federação para trabalhar. “Ela não ia mais trabalhar em Santa Catarina e sabia disso”, assegurou.

Argumentando sobre o que motivou o afastamento de Colombo em seu estado, o mandatário do futebol catarinense fez duras críticas à postura de Fernanda no extracampo. “Nós a cortamos por que ela não seguiu as nossas regras. Começou a se expor, a usar a arbitragem para aparecer”, afirmou. Foi ainda mais além. “Preferiu ser modelo. Ela queria ser a tal”, disparou.

Com o cuidado de esclarece que a decisão foi tomada em concordância pela federação e a comissão de arbitragem, o dirigente procurou enfatizar que o problema de Fernanda é um caso isolado em sua federação. “Temos 20 meninas no nosso quadro de arbitragem e todas respeitam as nossas regras”, esclareceu. “Para mim, árbitro e árbitra são figuras públicas e precisam ter uma conduta pública digna com a função que exercem”, explicou-se.

Questionado se havia sido procurado pelo seu congênere, Evandro Carvalho, ou por alguém da FPF, Delfim Peixo disse que ninguém entrou em contato com ele. “Acredito que Marco Martins, presidente da Anaf [Associação Nacional dos Árbitros de Futebol] tenha sido a ponte. Ele é catarinense e sabia da situação dela [Fernanda], de que teria de procurar outra federação para atuar.”