Futebol Nacional

CHAPECOENSE

Com filhos adaptados à cidade, família de Cléber Santana vai continuar morando em Chapecó

Primogênito do atleta morto em acidente na Colômbia já treinar nas categorias de base da Chapecoense; filhos têm amigos e vínculos com a cidade catarinense

postado em 05/12/2016 09:03 / atualizado em 05/12/2016 10:03

Igo Bione/DP
Na Arena Condá, em Chapecó-SC, durante o velório coletivo dos atletas e dirigentes mortos no acidente aéreo, a pernambucana Rosângela Loureiro, de 32 anos, desabou. Quando apareceu a imagem do seu marido, o capitão da equipe catarinense Cléber Santana, em um telão gigante e a torcida o aplaudiu fervorosamente, ela não suportou. Precisou de atendimento médico para se restabelecer.

Mas ao que parece, esse foi o momento de fraqueza dessa mulher, que vivia com Cléber há 17 anos. Mãe dos seus dois filhos – Clebinho, de 14, e Aroldinho, 11. Iam completar 15 anos de casamento no próximo dia 20.

Neste domingo, durante a cremação do esposo, no Morada da Paz, era Rosângela quem consolava os presentes. Neste primeiro momento, ela vai retornar à Chapecó com os filhos. “Não posso tirar tudo o que eles têm. Tenho que voltar para lá. Preciso pensar neles. Os amigos deles estão por lá. Meu filho mais velho tem até namorada. Deveria ficar aqui, perto da minha família, mas tenho coisas a fazer por lá. Assinar uns papéis...”, explica Rosângela.

Ela conta que o primogênito já até treina nas categorias de base do clube. “Esse é mais um motivo para o meu retorno. Sei que não vai ser fácil ficar em casa, esperado por ele, que não vai mais chegar. Por isso, vou me ocupar bastante. Passar muito tempo na rua”, conta, emocionada.

Vínculo será mantido
Em breve, Rosângela e os filhos estarão de volta ao Recife. Ela quer manter a programação que todo fim de ano era feita, quando o marido estava vivo. “Nossas férias vão ser aqui. Vou em Chapecó e retorno para as festas de fim de ano. A última vez que nos falamos, ele estava no Free shopping, mandou imagens de óculos para mim. Dizia que eram a minha cara. Nos despedimos e ele disse que assim que chegasse lá (na Colômbia) ligaria”, acrescenta.